Italac planeja construir nova unidade de lácteos

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O laticínio Italac, o quinto maior na captação de leite no país, estuda a construção de uma nova unidade para ampliar a produção de sua linha de lácteos. O projeto, ainda em fase preliminar, prevê aportes entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões na nova planta, segundo o presidente da Italac, Cláudio Teixeira.

 

O investimento faz parte da estratégia de crescimento da Italac, uma empresa de perfil discreto, cujo faturamento alcançou R$ 1,2 bilhão ano passado, 23% acima de 2009.

 

O local da construção da indústria ainda não está definido nem o cronograma das operações. Há dois Estados no páreo, mas Teixeira não divulga quais. Só diz que o plano é construir o laticínio onde a empresa ainda não está. Hoje, a Italac tem duas unidades em Rondônia (Jaru e Ouro Preto d' Oeste), duas em Goiás (Corumbaíba e Santa Helena de Goiás), uma Xinguara (PA) e uma em Passo Fundo (RS).

 

Segundo o projeto, a planta deve ter capacidade de processamento de 400 mil litros de leite por dia. "O investimento deve ser praticamente todo com recursos próprios", afirma Teixeira.

 

"A demanda boa" por lácteos, a duplicação da unidade de leite condensado da Italac em Corumbiara e as operações em Santa Helena e Passo Fundo levaram ao incremento na receita no ano que passou, de acordo com Teixeira. Santa Helena foi arrendada da P armalat Brasil, controlada pela Laep, em março do ano passado, e Passo Fundo é uma fábrica nova, de leite longa vida e creme de leite, que começou a operar no fim de 2009. "Passo Fundo agregou um faturamento de R$ 200 milhões", observa.

 

Em suas seis fábricas, a Italac tem hoje uma capacidade instalada para captação de 5 milhões de litros de leite por dia. No ano que passou, a empresa processou 800 milhões de litros, ou 2,2 milhões litros diários. Isso a coloca na quinta posição no ranking de captação de leite do país, atrás de Nestlé, BRF Brasil Foods, LBR Lácteos Brasil e Itambé, segundo Cláudio Teixeira.

 

A previsão para este ano é de que a Italac tenha novamente um crescimento na casa dos 20%, afirma ele. O incremento deve vir ainda da boa demanda e também dos lançamentos mais recentes da empresa, como a linha de leites especiais e de baixa lactose. "Em dois meses atingimos a meta [de vendas] que tínhamos previsto para seis meses", diz Teixeira, referindo-se a essa linha de leites.

 

Além disso, a empresa também está estreando no segmento de molhos culinários, que serão fabricados na unidade de Santa Helena, e de soro leite em pó. Vai lançar ainda doce de leite, produzido na planta de Jaru. A Italac já tinha em seu portfólio leite longa vida, queijos, achocolatados, leite em pó, soro de leite, leite condensado, creme de leite e manteiga (em embalagens grandes, para uso industrial).

 

No ano que passou, a Italac finalizou investimentos nas unidades de Passo Fundo e de Rondônia. No total foram R$ 50 milhões. Para este ano, a previsão é de investimentos pequenos, "nada expressivos", segundo Teixeira, em ajustes e modernização das fábricas já existentes. "Com os investimentos que fizemos nos últimos anos, temos condições de continuar a crescer", afirma o empresário, mineiro que fundou a Italac com os irmãos em 1994.

 

Teixeira, também presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), está otimista com o mercado de lácteos no país este ano. Espera que o segmento de leite longa vida mantenha o ritmo de crescimento, que ficou em 5% no ano passado. Ele também estima um aumento na casa dos 5% na oferta de matéria-prima no país e menos volatilidade nos preços pagos aos produtores de leite.

 


Veículo: Valor Econômico


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