Preço dos têxteis subiu até 25% nos últimos 12 meses, diz Abit

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Nem mesmo a previsão de que a safra brasileira deste ano será recorde deve fazer os preços do algodão pluma recuarem muito abaixo do patamar histórico de R$ 9 por quilo, avalia a indústria têxtil, e, consequentemente, os aumentos de preços ao consumidor final devem continuar ao longo de 2011. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, que afirma que o setor tem tido dificuldades para repassar a elevação dos insumos para o consumidor final devido à concorrência dos produtos chineses, mas deve fazer um novo reajuste nos próximos meses.

 

"O setor têxtil tem tido muita dificuldade para repassar o aumento dos custos da matéria prima, mas estamos conseguindo repassar alguma coisa e continuamos a estudar novos repasses nos produtos, na medida do possível", afirmou Diniz Filho. O repasse dos aumentos do algodão pela indústria têxtil ao consumidor variou entre 15% e 25% nos últimos 12 meses, de acordo com ele. No mesmo período, o preço do algodão em pluma no mercado interno subiu 160,8%, de R$ 151,30 (em 22 de março de 2010) para R$ 394,57 (em 22 de março de 2011), de acordo com o Cepea/Esalq/USP Segundo ele, cabe a cada empresa definir de que forma os reajustes serão feitos.

 

"O setor tem mais de 30 mil empresas e 900 produtos diferentes. Os repasses variam muito, de acordo com a quantidade de algodão que cada produto utiliza e com aquilo que o mercado está permitindo. A indústria têxtil está conseguido fazer os repasses, mas muito aquém daquilo que deveria", afirmou Diniz Filho.

 

A principal razão pela qual a indústria tem contido reajustes é a concorrência com os produtos chineses. "Estamos entregando de forma ingênua e primária nosso mercado interno para os produtos da China, e é por isso que temos tido muita dificuldade para repassar ao menos parte do custo da matéria prima", afirmou Diniz Filho.

 

Veículo: DCI


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