Bom preço aumenta a área do feijão

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Este ano PR deve colher 590 mil toneladas - um aumento de 39% em relação à 2007; reajuste do preço mínimo permitiu realinhamento dos valores pagos

 

Com a retomada da área na safra das águas, o Paraná reforça o seu papel de grande abastecedor do mercado nacional. Tradicionalmente o estado responde por 23% do consumo brasileiro, índice que chega a 42% na safra das águas. Este ano o Paraná deve colher 590 mil toneladas, o que representa um aumento de 39% em relação às 430 mil toneladas produzidas em 2007, segundo estimativas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab. De acordo com Margorete Demarchi, técnica do Deral, o feijão das águas começa a chegar agora ao mercado e abastece o país até o mês de março. Nesta safra, houve um aumento de 22% da área plantada, que passou de 288 mil hectares para 352 mil hectares, o que representa uma retomada de área, já que houve redução de cerca de 30% em 2007. "Foi (em 2007) a menor área com feijão desde que a Secretaria (Deral) faz o acompanhamento da cultura", diz.

 

Segundo a especialista, no primeiro trimestre do ano passado, com preço ruim, o feijão cedeu área a outras culturas e teve um pequeno crescimento na segunda safra. Houve também um realinhamento dos preços. Em outubro do ano passado, a saca do feijão de cor era comercializada a R$ 83,00 e o preto a R$ 64,00, Na última quarta-feira o feijão de cor estava a R$ 159,17 e o preto a R$ 163,69. Demarchi explica que este ano está havendo uma readequação no preço do feijão, que chegou a alcançar os R$ 300, entre o final de 2007 e início de 2008. O realinhamento é resultado do reajuste do preço mínimo, que passou de R$ 48,00 para R$ 80,00. A cultura sofre também os efeitos do valor dos insumos, que teve alta considerável. O mercado ainda tem a interferência das inúmeras informações que circulam no setor.


Porém, o feijão não tem a garantia de um mercado futuro, como outros produtos. Essa modalidade de comercialização existe, de forma incipiente, na zona cerealista da capital paulista e no Rio de Janeiro. A técnica afirma que apesar do alto custo, o feijão ainda é uma cultura de pequenos produtores. Mas o produtor, sobretudo o que se dedica à segunda safra, está em busca da especialização, com pacotes tecnológicos e investimemto em mecanização.

 


Veículo: Site Agrolink


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