As vendas da Johnson & Johnson, fabricante de produtos de higiene pessoal, medicamentos e equipamentos médicos, subiram 3,5%, para US$ 16,17 bilhões, no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado. O dólar desvalorizado em relação a outras moedas impulsionou as vendas no mercado internacional, que subiram 7,3%, enquanto o faturamento nos Estados Unidos caiu 0,6%.
Nas Américas, sem EUA, o faturamento subiu 12,2%; e na região Ásia, África e Pacífico, 13,4%. O crescimento na Europa foi bem menor, de 2%. Os resultados do primeiro trimestre da J&J foram recebidos positivamente pelo mercado, mesmo com a queda de 23% no lucro líquido, para US$ 3,476 bilhões. O lucro foi impactado por despesas judiciais e recalls realizados ao longo de 2010. Mais de 300 milhões de embalagens de Tylenol e outros remédios foram recolhidas nos últimos 16 meses.
No quarto trimestre do ano passado, o lucro já havia caído 18,7% em relação ao mesmo período em 2009. Apesar desses resultados, a J&J revisou para cima a meta de lucro por ação deste ano. A previsão era que cada ação chegasse ao valor entre US$ 4,80 e US$ 4,90 - agora já se espera que fique entre US$ 4,90 e US$ 5. O mercado reagiu bem, as ações da companhia fecharam ontem com valorização de 3,69%, para US$ 62,69.
A única divisão da J&J que apresentou recuo nas vendas (de 2,2%) foi a de produtos de consumo como xampus e sabonete. A divisão que teve maior faturamento global foi a de remédios, com crescimento de 7,5%. A venda de equipamentos médicos cresceu 3,3%.
No comunicado divulgado ontem, a empresa não fez nenhuma referência à possível aquisição da fabricante suíça de equipamentos médicos Synthes. O negócio é avaliado em US$ 20 bilhões.
Veículo: Valor Econômico