Reajuste é resultado da entressafra e do aumento de insumos, como a gasolina
O leite está mais caro nas prateleiras dos supermercados. O aumento pode variar de 10% a 16%, dependo do fabricante. O reajuste é resultado da entressafra do setor e do aumento dos insumos. Gasolina, eletricidade, ração e produtos de higienização ficaram mais caros. Com margem de lucro enxuta, os produtores repassaram os aumentos desde o início da última quinzena de abril, e pretendem fazer outra elevação até junho.
Isidor Gaulke, presidente da Cooperativa Agroindustrial de Rio dos Cedros, conta que a principal dificuldade foram os aumentos da gasolina e da energia elétrica. O leite processado pela cooperativa sofreu reajuste de 10% em meados de abril. As chuvas em excesso durante os quatro primeiros meses do ano também prejudicaram a pastagem, o que foi sentido com a queda da produção. A ração também teve parcela de culpa, com a alta de 38% desde janeiro.
A Tirol, segunda maior indústria de leite do país, aumentou em 16% o preço do produto desde o início do mês. O gerente de vendas, Edson Martins, explica que a principal causa é a entressafra da produção. Os períodos de queda ocorrem antes do início do inverno (de março a maio) e antes do verão. A produção cai entre 40 e 50%. Com a escassez do leite e demanda em alta, o preço é pressionado para cima.
- Para o produtor vale mais a pena vender para a indústria que faz os derivados de leite, que paga melhor. Por isso também acaba pressionando a valorização do leite que vai para a caixinha - conta Martins.
Veículo: Jornal de Santa Catarina