A fábrica da Nokia, a maior fabricante mundial de celulares, instalada em Manaus (AM) está trabalhando em três turnos, com capacidade plena e sem expectativa de interrupções ou demissões. A informação é do presidente da empresa no Brasil, Almir Narcizo. Ele afirmou ainda que, no entanto, "várias indústrias do Pólo de Manaus estão pressionadas" e que "o futuro é difícil de dizer" diante da oscilação cambial.
Para Narcizo, "o câmbio hoje é uma grande incógnita", mas as vendas de aparelhos de telefonia celular no Brasil vêm crescendo exponencialmente por conta da oferta de crédito, do aumento da renda e da cotação do dólar que, até pouco tempo, estava favorável. Segundo ele, 95% dos custos de um celular estão atrelados à moeda norte-americana.
"Quando todos os estoques da cadeia se renovarem, talvez os preços tenham que ser revistos, mas ainda não dá para dizer quando", afirmou o presidente da Nokia no Brasil. Segundo Narcizo, o crédito está mais enxuto, a renda ainda é uma dúvida e o câmbio neste momento não é favorável. "Por enquanto, a turbulência não afetou a Nokia, que tem uma estrutura financeira mundial muito forte, tem caixa e não precisa de financiamentos", afirmou. Segundo Narcizo, as operadoras já fizeram suas compras para o Natal, mas o varejo prepara seus estoques a para o final do ano em novembro.
Apesar de ainda não ter sentido os efeitos da crise, Narcizo já estima que em 2009 o número de celulares vendidos no Brasil se mantenha estável em relação a 2008.
Veículo: DCI