No Vale do Ribeira, chuva danificou estradas rurais e deixou plantações de banana alagadas
A semana começou com tempo instável e chuvas fracas e isoladas por causa de duas frentes frias que passaram seguidas uma da outra. A segunda veio acompanhada de uma intensa massa de ar de origem polar, que provocou acentuado declínio das temperaturas entre quinta e sexta-feira. O fenômeno, conhecido como friagem, atingiu todo o Estado, com mínimas de 2,5 graus em Garça; 2 graus em Piracicaba; 2,4 graus em Presidente Prudente; 0,6 grau em São José do Rio Pardo; 2,5 graus em Itapeva e 2,2 graus em Sorocaba.
Houve geada com danos às hortícolas como tomate, brócolis, couve-flor e alface. A geada atingiu também algumas áreas de café localizadas em baixadas, regiões mais sujeitas ao acúmulo de ar frio.
Pasto seco. No fim da semana, as temperaturas voltaram a ficar elevadas, com baixa umidade relativa do ar, favorecendo o ressecamento das pastagens, que vêm sofrendo o efeito do inverno mais rigoroso dos últimos 11 anos. As baixas temperaturas registradas esta semana, a estiagem, normal para esta época do ano, e o frio intenso na segunda quinzena de junho reduzem cada vez mais a oferta de pastos para o gado, tornando-se necessária alimentação suplementar, o que encarece o custo para os pecuaristas.
Durante a passagem da frente fria houve chuvas irregulares e mal distribuídas. O maior volume foi registrado em Iguape (145 milímetros), seguido por Itapeva (74 milímetros) e São José do Rio Pardo (30 milímetros). Em Franca, Jaboticabal, Jaú e Votuporanga, o total acumulado variou de 15 a 20 milímetros. Em Iguape e Itapeva o solo atingiu a capacidade máxima de armazenamento. Entretanto no Vale do Ribeira - Iguape, Sete Barras, Registro e Eldorado - o grande volume acumulado de chuva em curto espaço de tempo danificou estradas rurais e provocou alagamentos nas plantações de banana. Parte das lavouras foi perdida com o excesso de lama e é necessário o replantio. Com isso, a produtividade da fruta na região deve diminuir no próximo ano.
Em Barretos e Ilha Solteira, contudo, a situação é crítica por falta de água no solo e o armazenamento hídrico é de 10% da quantidade máxima , com taxa de evapotranspiração média diária de 2,3 milímetros.
Prosseguiu a colheita da laranja no Estado e mais de 40% da safra já foi colhida. A maior oferta de frutos nesta safra levou a uma redução dos preços e parte dos produtores está mantendo os frutos no pé, aguardando melhores preços.
Veículo: O Estado de S.Paulo