Começou a colheita de cebola no norte de São Paulo. Este ano a produção será menor, em compensação, os preços estão melhores.
A região de São José do Rio Pardo, que inclui outros cinco municípios, é a maior produtora de cebola do Estado de São Paulo. São 3,6 mil hectares destinados à cultura, com boa parte da área irrigada. Mas a água nem sempre é bem-vinda.
Como choveu bastante na região no início do ano, o plantio atrasou. O resultado é verificado na época da colheita. A produtividade não deve ser das melhores. Alguns agricultores falam em perdas de 15% a 20% em relação ao ano passado. Mas o preço deve compensar os prejuízos.
Segundo o Instituto de Economia Agrícola, o produtor paulista começou a safra recebendo uma média de R$ 1,30 por quilo. Um valor bem acima do pico de R$ 0,30 obtido no ano passado.
O agricultor Airton Feltran plantou 93 hectares e espera colher 70 mil sacas. “Esse ano o produtor não tem motivo para chorar com a cebola”, falou.
Um dos motivos para a alta do preço é a diminuição da área plantada no Estado. Segundo o Instituto de Economia Agrícola, caiu de nove mil para 8,5 mil hectares.
O agricultor José Valverde é um dos que desistiram da atividade. Hoje, ele dá consultoria para outros produtores. Ele lamenta ter deixado a atividade justamente no ano em que o preço melhorou. “Faço votos que todos façam dinheiro porque com isso na praça e no comércio todo gira dinheiro”, falou.
São Paulo é o terceiro produtor de cebola do país. Atrás de Santa Catarina e Bahia.
Veículo: Revista Globo Rural