A mineira L'aqua di Fiori não deve ser afetada pela crise econômica mundial e prevê um crescimento de 20% no Natal de 2008, frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado deste ano, a projeção é de um incremento de 18%. Sediada em Belo Horizonte, a empresa tem fábrica no bairro Gutierrez, na região Oeste, e 970 lojas espalhadas pelo Brasil. O clima de otimismo é tão grande no empreendimento que a previsão é manter o ritmo de expansão em 2009.
De acordo com o diretor-presidente, Leopoldo Mesquita, até o momento a comercialização dos produtos não foi prejudicada pela turbulência financeira internacional e a perspectiva é de que, com a proximidade do Natal, a previsão de bons negócios se concretize. A data é a mais importante para a empresa e as vendas chegam a quadruplicar de volume, com relação aos outros meses do ano. Segundo ele, os perfumes, hidratantes, sabonetes e cosméticos produzidos pela marca são alguns dos itens preferidos como presente no período natalino.
Para estimular ainda mais as vendas nos últimos meses deste ano, foram lançados produtos e embalagens. O tíquete médio é de R$ 90, mas existem produtos com preços mais baixos, cerca de R$ 45. Para atender à demanda do Natal, a empresa inicia a produção em setembro, apesar de o movimento começar a ser observado a partir de meados de novembro. A unidade fabril conta com 200 funcionários e na Capital ainda existe um Centro de Distribuição.
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Segundo Leopoldo Mesquita, a venda do mix da L'aqua di Fiori geralmente não é reduzida em função de crises financeiras. Para 2009, as perpectivas também são positivas, apesar de ainda não existir nenhuma projeção definida. Como a expansão dos negócios tem sido alcançada, em parte, pela abertura de lojas, a expectativa é de que a empresa inaugure mais 110 pontos-de-venda. Até o final deste ano serão abertas 65 unidade.
Uma mudança de posicionamento da empresa está fazendo com que a participação de lojas próprias seja ampliada na rede, que conta em grande parte com franquias. Atualmente, são 16 operações controladas pela administração da marca, sendo quatro delas localizadas em Belo Horizonte. Para 2009, já há a previsão de mais quatro unidades em Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
"Decidimos aumentar o número de lojas controladas por nós, pois podemos ter um controle maior das operações. Nos locais considerados estratégicos abrimos unidades e desenvolvemos ações como promoções e lançamentos de produtos", disse. Os perfumes são responsáveis por cerca de 60% das vendas, pois a qualidade da marca neste segmento tem reconhecimento internacional, segundo o diretor-presidente.
Dólar - Apesar de usar insumos importados na linha de produção, a elevação do dólar não está prejudicando os negócios. Segundo Leopoldo Mesquita, a empresa sempre trabalhou com uma margem considerada grande para o planejamento dos custos. "Mesmo quando a cotação do dólar era de R$ 1,6, o orçamento permitia uma elevação até R$ 2,20", destacou.
Atualmente, as vendas para o mercado externo representam a apenas 5% da produção. Com a elevação do preço do dólar há a intenção de aumentar o volume de embarques, mas até o momento não há previsão de quanto será o incremento dos negócios internacionais. Todos os parceiros comerciais hoje estão localizados no Oriente, nos Emirados Árabes, Egito e Arábia Saudita.
Veículo: Diário do Comércio - MG