Onda de calor eleva venda de ventiladores

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A explosão das vendas de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado já começou em Belo Horizonte, após onda de calor que atingiu a Capital na última semana de outubro. O setor costuma se expandir a partir de novembro, quando o verão se aproxima. Mas, neste ano, o comércio dos produtos teve seu boom antecipado para outubro - ainda na primeira metade da primavera. A constatação é das próprias lojas de BH consultadas pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO.

 

A Ventiladores & Cia, especializada em vendas e manutenção, teve acréscimo de 1.000% nos negócios neste mês em relação aos outros meses do ano. "Estamos vendendo sem parar, absurdamente mais do que o normal", informou o gerente da empresa, Diego Henrique Lemos Marcondes. Segundo ele, o setor trabalha como "formiga", e depende desta época para se segurar no inverno. "Como o produto é sazonal, temos que vender bem agora para sobreviver depois", disse.

 

Por isso, o começo antecipado das vendas, motivado pelas altas temperaturas, gera tranqüilidade para o setor, que não sofre reflexos da crise. "O consumidor continua comprando ventiladores, já que é um bem necessário nesta época", afirmou. A Furacão Ventiladores, especializada em aparelhos para comércio e indústria, também apresenta números expressivos de cres- cimento.

 

Segundo o supervisor de vendas, Paulo Leandro Coelho, só na última semana o volume de negócios cresceu 400%. "Estamos vendendo de 500 a 600 peças diárias na soma das quatro unidades. A loja está literalmente lotada, durante todo o dia", ressaltou. Conforme Coelho, as vendas estão 5% acima do mesmo período do ano passado. "O ventilador é barato e atende bem ao consumidor", destacou o supervisor.

 

Conforto - No entanto, o ar-condicionado ainda é a opção de quem quer gastar mais para um maior conforto. De acordo com o sócio-proprietário da Hemar, Dênio Felix Utsch, as vendas dos aparelhos já cresceram 70% a 80% este mês em comparação às outras etapas do ano. Para ele, as empresas prezam por investir no conforto de seus funcionários. "Nem a crise trava esse gasto, que é fundamental", observou.

 

Muitas vezes, acrescentou, em alguns locais são instalados quatro ventiladores convencionais, em vez de comprar um ar-condicionado eficiente. "O preço acaba quase sendo o mesmo no final das contas e o benefício térmico do ar é muito maior", afirmou.

 

Mesmo com a crise, o empresário não cortou custos desse tipo, conforme Utsch, já que o produto influencia na produtividade do trabalhador. "O ventilador gera desconforto com barulho e circulação de ar quente. Por isso, a qualidade do trabalho depende de um bom ar-condicionado", explicou.

 

Manutenção - Para o proprietário da Refrigerar, Rogério Gonçalves, cuja empresa conserta aparelhos residenciais, os negócios aumentaram em 30% a 40% nos últimos dias. "Os contratos de manutenção são agendados para este período", disse.

 

A surpreendente onda de calor em outubro na Capital foi a grande responsável pela alavancada do setor de ventiladores e ar-condicionado, que depende diretamente das variações climáticas. A madrugada da última segunda-feira para terça-feira em Belo Horizonte apresentou ótimo indicativo para o ramo. A temperatura atingiu 28ºC naquela noite - a mais quente do ano na cidade.

 

Veículo: Diário do Comércio


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