Apesar de não registrar influência do câmbio no resultado do mês, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), fechou outubro em 0,47%. É a maior elevação desde a quarta semana de julho.
Dos sete grupos pesquisados, o dos alimentos foi o que mais contribuiu para o aumento, com alta de 0,83%, mais do que o dobro da taxa verificada na terceira semana de outubro (0,41%). Entre os itens com maior avanço destacam-se as carnes bovinas (3 97%). No período, o preço médio do limão continuou em alta (47,57%).
O economista da FGV, André Brás, informou que o maior indicador para o aumento se deve basicamente à alimentação. "Observamos um movimento de elevação de preços nos produtos in natura e itens de pecuária", informa. No entanto, o especialista alerta que não foi verificado influência direta da desvalorização do real frente ao dólar nos indicadores. "No curto prazo o câmbio não vai ser fator incisivo para o movimento do indicador", defende. Brás acrescenta que a alimentação sofre reajustes internos por vários caminhos que muitas vezes não tem relação ao câmbio. "Para novembro podemos esperar mais reajustes na alimentação, além da habitação que terá acréscimos de novas tarifas públicas", explica. De acordo com ele, além da alimentação, os reajustes da energia e do gás encanado, no Rio, também devem subir .
Dentre outras variações estiveram: educação, leitura e recreação, de 0,17%; saúde e cuidados pessoais, de 0 42%; vestuário, de 0,88%; habitação, de 0,42%; transportes, de 0 08%; e despesas pessoais, de -0,14%.
Veículo: DCI