Qualidade do leite deve melhorar

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Agroindústrias assinam protocolo que prevê o compartilhamento de experiências junto a pecuaristas.


Melhorar a qualidade e a segurança do leite antes mesmo de chegar aos grandes conglomerados para ser pasteurizado ou transformado em derivados diversos. Em síntese, esse é o principal objetivo do protocolo firmado pela DPA (Nestlé/Fonterra), BRF - Brasil Foods e Itambé.

A iniciativa teve a articulação e o investimento de R$ 580 mil do Polo de Excelência do Leite, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes).

O acordo prevê o compartilhamento de experiências pré-parceria, ou seja, adquiridas antes da assinatura do documento. A DPA, por exemplo, já conta com o projeto Boas Práticas na Fazenda DPA. A BRF está implantando o programa de pagamento por qualidade do leite - ProQuali. A Itambé também trabalha com pagamento pela qualidade do leite e açõesdirecionadas à qualidade, segurança e meio ambiente.

Além da articulação e investimento, o coordenador do Sistema Mineiro de Qualidade do Leite, Abel Fernandes, disse que o Polo do Leite fará, a partir do ano que vem, a Certificação de Qualidade do Leite (Certileite).

Fernandes reconhece que o produtor rural está preparado para a mudança de hábitos que visa à qualidade e a segurança do produto. "O leite de melhor qualidade remunera melhor o fornecedor, dá mais qualidade ao produto no laticínio e beneficia o consumidor final, que vai ter o leite ou derivado seguro e saudável", afirma.


Fazendas - Até o final deste ano, 2.260 fazendas mineiras terão sido beneficiadas nas regiões da Zona da Mata, Campos das Vertentes, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A expectativa é de que o projeto deixe de ser piloto e abranja todas as regiões do Estado.

As propriedades receberão suporte das empresas para implantação do protocolo de acordo com os critérios estabelecidos, que englobam, entre outros, o controle de drogas veterinárias, plano sanitário e tratamento de efluentes, condições das salas de ordenha, existência de sistema de drenagem adequado, armazenamento do leite, higienização dos utensílios, registro de entrada e saída de animais, identificação individual dos animais e sinalização adequada, conforto animal, adequação da fazenda à legislação ambiental e trabalhista.

Minas Gerais lidera a produção de leite no Brasil com um terço da produção, algo próximo de 8 bilhões de litros de leite por ano. O trabalho pela melhoria da qualidade une Estado, indústria e produtor, a fim de ampliar o consumo do leite e derivados no mercado interno e também facilitar a exportação.


Articulação - Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, o projeto em andamento, com a articulação do Polo de Excelência do Leite, reflete a preocupação do governo de Minas em fazer com que o Estado seja líder também na qualidade do leite.

O Polo de Excelência do Leite e Derivados está inserido no Plano Mineiro deDesenvolvimento Integrado 2007, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). Sua missão é articular competências para promover inovações no Sistema Agroindustrial do Leite. Seu negócio é a gestão do conhecimento aplicado e sua visão é tornar-se referência nacional e internacional na formulação de soluções para o sistema.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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