Promoção tem efeito diverso nas vendas

Leia em 1min 40s

Em um Natal de incerteza econômica, as varejistas americanas desenharam estratégias diferentes para convencer os consumidores a encher as sacolas. O caminho predominante foi baixar preços. As vendas de dezembro, divulgadas ontem, mostraram que as promoções são uma arma difícil de manejar. Enquanto Gap, Target e J. C. Penney reportaram recuos ou pequenos avanços, Macy's e Limited Brands comemoraram altas expressivas nas vendas.

"No geral, o desempenho foi OK, não impressionante, e muito desigual por varejista", resumiu o Conselho Internacional de Shopping Centers (ICSC, na sigla em inglês) em nota. Com base em um levantamento com 25 das maiores redes varejistas americanas, a associação reportou crescimento de 3,5% nas vendas para lojas abertas há pelo menos um ano. "Elas tenderam a aumentar os descontos para movimentar mercadorias. Isso pinta uma imagem de margens de lucro mais fracas nesse segmento", disse.

A Gap reportou um dos piores resultados do mês, com um recuo de 4% para mesmas lojas. "Esperávamos que dezembro fosse altamente promocional, e apesar de termos competido agressivamente com nossas marcas, nosso desempenho ficou abaixo das expectativas", afirmou em nota o presidente, Glenn Murphy.

A J. C. Penney viu a receita para mesmas lojas crescer tímido 0,3%. O crescimento da Target também foi pequeno, de 1,6%. "As vendas de dezembro estiveram abaixo de nossas expectativas", disse o presidente Gregg Steinhafel culpando eletrônicos, músicas, filmes e livros. O executivo disse que vai continuar a perseguir preços atraentes, "contra o pano de fundo de um crescimento econômico lento e volátil".

Mesmo as varejistas que reportaram resultados positivos citaram um ambiente econômico pouco favorável. Foi o caso da Macy's, que comunicou um avanço de 6,2% para mesmas lojas. Foi reflexo de uma estratégia correta frente a "condições macroeconômicas fracas", segundo o presidente Terry Lundgren. Também a Limited Brands, dona da marca Victoria Secret's, anunciou resultado robusto, com alta de 7% para vendas em mesmas lojas.

Macy's e Limited Brands revisaram para cima as projeções de ganho por ação para o quarto trimestre, enquanto J. C. Penney e Target reduzira as expectativas.


Veículo: Valor Econômico


Veja também

"Pomodoro" para não perder tantas horas navegando pelas redes sociais

A acadêmica Isabelle Decarie sentiu que sua produtividade diminuiu consideravelmente desde que aderiu ao Facebook,...

Veja mais
Preço alto é obstáculo para venda da rede Tok&Stok

As negociações para a venda da rede de móveis e decoração Tok&Stok enfrentam obst...

Veja mais
Indústria japonesa enfrenta ameaça de declínio irreversível

Sob pressão das políticas domésticas e dos concorrentes estrangeiros, o setor por trás do mi...

Veja mais
Comércio tem alta de 8,7%, aponta a Serasa Experian

A atividade do comércio varejista brasileiro cresceu 8,7% em 2011, na comparação com o ano anterior...

Veja mais
Genéricos devem ter alta de até 15% em SP

O preço dos remédios genéricos poderá ter elevação de até 15% no estado...

Veja mais
Transporte marítimo entre estados perde 50% da sua frota em 15 anos

Incidência de ICMS sobre o combustível para o setor e problemas no embarque e desembarque são empeci...

Veja mais
Gatos estimulam mercado pet

Independentes, amorosos, sensuais e elegantes. Essas são as quatro palavras usadas por donos de gatos para classi...

Veja mais
Preços no atacado recuaram em 2011

A variação de preços no atacado dos principais produtos comercializados na Companhia de Entrepostos...

Veja mais
PAA já atende a 204 mil famílias

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) fechou 2011 com mais de 204 mil agricultores familiares inserid...

Veja mais