Brasil tem 33% dos domicílios com internet

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País está na 63ª posição, à frente de Índia e África do Sul, mas atrás de Chile e Uruguai

O Brasil ocupa a 63ª posição no ranking mundial de países com mais domicílios que têm acesso à internet. São cerca de 33% dos 6,192 milhões de unidades levantadas pelo Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O país está na média mundial, mas poderia estar em posição melhor se não fosse a falta de conhecimento e de interesse da população, segundo o novo mapa da inclusão digital elaborado por FGV (Fundação Getulio Vargas) e Fundação Telefônica.

De acordo com o estudo, 64,6% das pessoas excluídas (6,6 milhões) não sabem ou não acham necessário conectar-se à rede mundial. Mesmo a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe C não foi suficiente para ampliar o acesso à internet.

Na comparação com outros países, o Brasil fica atrás do vizinho Uruguai (57ª) e do Chile (53ª) e à frente da Argentina (66ª), do México (89ª), da África do Sul (108ª) e da Índia (126ª). A China não foi incluída no mapa por falta de informações oficiais.

"O Brasil é o excelente retrato do mundo, mas ainda falta convencer e educar as pessoas para o acesso à internet. A falta de dinheiro não tem sido o principal problema", disse o responsável pelo mapa, o economista Marcelo Côrtes Neri.

O Distrito Federal é a unidade da Federação com mais domicílios que têm acesso à internet, seguido de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Os piores são Maranhão, Piauí, Pará, Ceará e Tocantins -todos nas regiões Norte e Nordeste.

Entre os 20 municípios brasileiros com maior número de moradias conectadas, São Caetano do Sul (SP) lidera.

O ranking é dividido com Vitória (ES), Santos (SP), Florianópolis (SC) e Niterói (RJ), esta última superior à capital, Rio de Janeiro.

Na outra ponta, 18 municípios nos Estados de Piauí, Maranhão, Pará e Amapá não têm acesso à internet. O pior caso é São Lourenço do Piauí (PI), onde apenas 0,43% dos domicílios têm computador, mas sem internet.

Para Neri, a política de inclusão digital deve respeitar as características regionais e usar estratégias que estimulem a educação e a demanda, além de reforçar a infraestrutura e o acesso aos computadores. "Só assim teremos avanços", disse.

Os quatro primeiros países com mais domicílios que têm acesso à rede mundial são Suécia, Islândia, Dinamarca e Holanda, com índices superiores a 90%. A Suécia, mais bem colocada, tem 97% das casas com internet.

Segundo o economista, o ranking mundial deverá sofrer alteração nos próximos anos com o avanço da inclusão digital em países asiáticos. Cingapura, por exemplo, já é o quinto com o maior número domicílios ligados à rede mundial.


Veículo: Folha de S.Paulo


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