Linha compacta da Neve eleva vendas da Kimberly-Clark

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Companhia conquistou consumidor ao amassar rolos antes de acondicioná-los na embalagem



Uma pequena mudança na linha de produção da marca Neve, da Kimberly-Clark, levou ao avanço de 23% nas vendas na unidade São Paulo/Sul. O crescimento foi registrado em função de um amassadinho nos rolos de papel higiênico antes do acondicionamento nas embalagens. Medida essa que garante também uma redução no uso de plástico e facilitou o transporte. “A linha compacta do Neve já representa 65% das nossas vendas de papeis higiênicos”, conta Claudio Vilardo, diretor da unidade SP/Sul, que atende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de São Paulo.

A regional sob seu comando é uma das três que a companhia mantém, há pouco mais de dois anos, após reestruturar suas ações no mercado brasileiro. Motivos para comemorar não faltam. Criadas em meados de 2009, elas foram concebidas para identificar tendências nos mercados regionais e ficarem mais próximas do consumidor.

Ao que parece, a estratégia vem surtindo efeito, pois as três unidades de negócios registraram crescimento nas vendas no primeiro trimestre deste ano. “Com isso, conseguimos identificar diferentes interesses e necessidades dos clientes em cada região, como é o caso da linha compacta no Sul”, explica Vilardo. Além da unidade dirigida por ele, que cresceu 17,5% no primeiro trimestre de 2012 sobre 2011, a empresa conta também com a região Norte/Nordeste, e a unidade da região Central, que responde pelos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. As unidades funcionam como empresas individuais, cada uma com diretoria própria. Mas a divisão que Vilardo coordena responde hoje por 50% do mercado nacional .

Em termos de crescimento, porém, a regional que mais se expande dentro do grupo é a Norte/Nordeste. No ano passado, a divisão saltou 30% durante o ano e no primeiro trimestre de 2012 registrou crescimento de 28%.

Entre os produtos vendidos nos estados, o carro-chefe são as fraldas descartáveis. “Além da média maior de filhos por casal, a região vem registrando aumento de consumo desses produtos graças ao melhor poder de compra da classe C”.

Para atender a esse crescimento de consumo, a empresa deverá inaugurar ainda neste ano uma fábrica e um centro de distribuição em Camaçari (BA). A unidade produzirá fraldas, absorventes e papeis higiênicos para atender toda a região Norte e Nordeste. Foram investidos R$ 100 milhões na unidade que deve gerar aproximadamente 430 empregos diretos.

Mercado em ascensão

Esse crescimento das vendas da Kimberly-Clark reflete o aumento do poder aquisitivo e do consumo de itens de higiene e cuidados pessoais em todo o Brasil. Dados da Nielsen mostram que o setor de higiene e beleza movimentou cerca de R$ 43 bilhões no Brasil. O analista Luiz Gaspar explica que o brasileiro está com melhor poder aquisitivo, principalmente a classe C que aos poucos migra para categorias mais caras.



Veículo: Brasil Econômico


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