Eletros pretendia prorrogar redução do tributo para linha branca por mais três meses
O governo não adotará uma nova prorrogação da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para itens da linha branca, como tanquinhos e fogões e a redução do tributo para geladeiras e máquinas de lavar, garantiu ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
No dia anterior, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) anunciou o pedido à Fazenda de prorrogação do prazo até por mais noventa dias. O prazo em vigor termina no fim deste mês.
Mantega, ao participar de programação paralela à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, brincou com quem ainda não aproveitou a redução das tarifas. “O governo não está pensando em prorrogar o IPI. Portanto, se você está pensando em comprar uma geladeira ou um fogão, aproveite porque pode ser sua última chance”, disse o ministro, descartando a possibilidade de ampliar a redução do imposto.
Desde dezembro do ano passado, a alíquota sobre os fogões, que pagavam 4%de IPI, está zerada. O imposto foi reduzido de 15% para 5% para as geladeiras e de 20% para 10% para as máquinas de lavar. A alíquota sobre tanquinhos, que era de 10%, também caiu para zero.
Em dezembro, o governo anunciou a medida. A previsão inicial era acabar com a redução em março deste ano, mas a medida foi prorrogada até o fim de junho. De acordo com a Eletros, o secretário do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa havia pedido um estudo relacionado às vendas do setor durante a vigência dos incentivos. Pelos dados do comércio, houve um crescimento de 5% a 10% das vendas apenas no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2011. Os percentuais variaram ao longo dos meses.
Veículo: Brasil Econômico