A velocidade de recuperação dos negócios do comércio varejista de Belo Horizonte divide a opinião dos lojistas. Se por um lado a presidente do Conselho Empresarial de Comércio da Associação Comercial e Empresarial de Minas (AC Minas), Cláudia Volpini, avalia que as vendas estão estagnadas desde o ano passado, por outro, o economista da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Gabriel de Andrade Ivo, acredita que o setor esteja estimulado, graças a incentivos do governo federal.
Se Ivo considera que o consumidor, que enfrenta hoje um cenário de baixa taxa de desemprego, está respondendo aos incentivos governamentais como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e indo às compras, Cláudia Volpini é mais realista e se diz preocupada com o alto índice de endividamento da população, "que está empolgada com a expansão do crédito".
Para Ivo, há um crescimento da economia e, conseqüentemente, do comércio, de forma gradual e menos voraz do que em 2010. "As expectativas para o resto do ano são de que o varejo cresça ainda menos do que no ano passado", afirma.
Volpini acrescenta que o governo brasileiro opta por incentivar o crescimento do consumo, o que, para ela, não é eficaz, já que isso tornará o consumidor endividado e impossibilitado de consumir mais.
Veículo: Diário do Comércio - MG