Butique quer atender a nova demanda das classes B e C

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Maior poder aquisitivo, consumidores mais conscientes e exigentes com o que levarão para casa fizeram com que varejistas, em especial os de calçados, reformulassem as suas operações para atender a essa nova demanda. Em um momento em que o comércio mostra-se em desaceleração devido ao maior endividamento da população, que no passado ampliou os seus gastos, empresas novas e veteranas do setor calçadista brasileiro apostam em lojas-conceito com atendimento diferenciado, produtos com maior apelo de moda, qualidade e atendimento digno ao das melhores butiques do País. A ideia é oferecer nos pontos de venda serviços como atendimento personalizado, decoração chamativa e música ambiente para atrair o novo cliente.

A experiência herdada de seu pai, que durante anos atuou com vendas de calçados em lojas populares, fez com que o empresário Luis Francisco Salles criasse a ShoeShop. Com público-alvo nas mulheres que pertencem a classe C - a nova classe média -, o empresário se preocupou com o design da loja, o treinamento dos profissionais que vão atender este nicho de mercado e até a música que agradará este consumidor. "Desde quando trabalhava com o meu pai, que na sua loja vendia produtos de R$ 9 a R$ 300, percebi que aquele consumidor tinha anseios, que eles queriam um pouco mais na hora da compra. Com toda essa experiência resolvi desenvolver o projeto da ShoeShop, uma butique similar a uma Arezzo, por exemplo, em que o consumidor possa ter uma experiência de compra e com produtos de qualidade a preço mais acessível", explica.

Hoje a marca possui sete lojas próprias em operação em shoppings como o da Penha, na zona leste de São Paulo, entre outros. Há, ainda, seis lojas em formato de franquia, das quais apenas uma já está aberta ao público. Com investimento de R$ 160 mil em média, a rede quer fechar este ano com 22 unidades de portas abertas, o que significa crescer mais de 200%.

Segundo Salles, o baixo custo de seu sistema de franchising assemelha-se ao da Cacau Show, franquia de chocolates. "Aproveitamos a experiência de um profissional que atuou dentro da Cacau Show para fazer um case de sucesso similar", comentou. Ainda segundo o empresário, por vezes ele fatura mais com o volume de vendas do que no tíquete médio das compras - que está na casa dos R$ 90 no verão, e em média R$ 150 no inverno.

A intenção do especialista no varejo é levar seu modelo de negócio ao âmbito nacional, tanto que para isso desenvolve coleções que se enquadram nas variadas regiões brasileiras. "Contamos com parcerias regionais para atender a demanda dos consumidores locais", diz.

Diversificação

Com 32 anos no setor calçadista, a rede Di Santinni tem cinco operações diferentes, entre elas a Di Santinni Design, desenvolvida para atender as mulheres das classes B e C. Segundo Priscilla Ortolani, gerente de Franquias da marca, o conceito da loja é diferente do das demais operações -Di Santinni Multimarcas; DS Footwear; Di Santinni.com e Di Santinni Venda Direta- que compõem um conglomerado de 110 lojas, das quais 32 são próprias, e as outras, franquias. "As lojas vendem apenas artigos femininos como sapatos e acessórios, em espaços de 50 a 120 m² que podem ser instalados em shoppings de pequeno, médio e grande fluxo, e lojas de rua."

Sendo um modelo novo no mercado, atualmente existem quatro lojas em operação: uma em Belém (PA), duas unidades em shoppings da capital paulista (Mooca e Itaquera), e uma em São José dos Campos, no interior de São Paulo, no Shopping Vale Sul. "Dentro desse modelo de loja, temos a previsão de ter três novos espaços, que se localizarão em Taboão da Serra (SP), São Bernardo (SP) e Belo Horizonte (MG)." A previsão da marca é, até julho de 2013, ter 10 novas operações neste modelo Di Santinni Design, cujo custo de abertura está na casa de R$ 255 mil.



Veículo: DCI


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