Lojistas apontam queda nas vendas de computadores

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A invasão de notebooks e tablets no mercado belo-horizontino gerou uma queda considerável na venda de computadores pessoais, os conhecidos PCs. Hoje, a comercialização desse produto é voltada para um público específico, que procura aparelhos de alta performance. As principais lojas do setor de informática na capital mineira tiveram os ganhos prejudicados também pela alta do dólar e pela instabilidade econômica.

A Geeks Computadores, com unidades no BH Shopping, na região Centro-Sul, e no Boulevard Shopping, na região Leste, registrou forte queda na venda de computadores pessoais, enquanto a comercialização de notebooks e tablets cresceu. Segundo uma fonte da empresa, as vendas de PCs caíram 60% nos últimos dois anos, quando a procura pelos novos aparelhos tecnológicos teve início no país. Hoje, eles representam apenas 10% dos negócios das duas lojas e são vendidos para um público específico, que demanda máquinas de alta performance.

Ainda de acordo com a fonte, mesmo com a alta nas vendas de notebooks e tablets, as empresas do setor têm obtido melhores ganhos com o comércio de acessórios, câmeras fotográficas e filmadoras. Entre os meses de abril, maio e junho, os negócios tiveram forte desaceleração na Geeks Computadores. "Entre junho deste ano e o mesmo mês do ano passado, nossos ganhos recuaram 25%. A expectativa para o ano é uma queda drástica em relação ao faturamento do ano passado, que chegou a R$ 3,5 milhões", analisa.

Os motivos para o fraco desempenho também está na alta do dólar nos últimos meses, que encareceu os produtos. "Nossos principais fornecedores são de outros países e a alta do dólar sempre traz retração neste mercado. Além disso, a instabilidade econômica do país, em vista da crise internacional, também tem prejudicado os negócios", revela. Outra dificuldade encontrada pela empresa está na maior facilidade do belo-horizontino em viajar para os Estados Unidos, onde é possível encontrar as mesmas mercadorias com preço menor, sem impostos.

Alta performance - Especializada em máquinas de alta performance, a WAZ, com lojas no bairro Santa Efigênia, região Leste da Capital e no BH Shopping, na região Centro-Sul, ainda tem 90% das vendas voltadas para os PCs. Segundo o gerente Leopoldo Rodrigues, os tablets e os notebooks ainda não suportam hardwares de alta performance. "Um arquiteto que precisa rodar um programa autocad não consegue fazer no notebook ou no tablet. Os hardwares dessas máquinas ainda são muito limitados", diz.

A WAZ, que está há 11 anos no mercado, registrou queda das vendas dos computadores pessoais de baixo custo, com configurações simples, nos últimos 12 meses. "Essas máquinas perderam espaço para as novas tecnologias. Mas ainda existem empresas que refazem o seu sistema com os PCs. O que as pessoas não entendem é que não é possível fazer um upgrade da tecnologia em sistema tablet e notebook, como a troca da placa mãe ou do processador, somente nos tradicionais computadores pessoais. Esse é um dos motivos pelo qual eles ainda estão no mercado, apesar da demanda menor", aponta.

A empresa tem focado os negócios nas novidades do mercado tecnológico. Nas duas unidades já é possível encontrar o ultrabook, novo modelo de computador portátil mais leve e fino e com performance próxima à do computador pessoal. "Esse produto chegou para brigar com o tablet, que é usado para consumir informações. Já no ultrabook é possível gerar conteúdo e, com a alta performance, pode tirar o PC do mercado de vez.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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