Irlanda assume presidência da UE e enfatiza relação com Brasil

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Em sua estratégia para o bloco, irlandeses reforçam que é preciso vender mais para China, Rússia, Índia e Brasil



A Irlanda assumiu ontem a presidência rotativa da União Europeia e coloca o Brasil como um dos mercados prioritários para o bloco europeu em 2013. Diante da constatação de que muitas das economias da UE continuarão em recessão neste ano, as exportações serão fundamentais para garantir uma expansão econômica no continente.

O mercado consumidor brasileiro será um dos alvos da estratégia europeia de expansão do comércio e investimentos. O País é citado ao lado de China, Rússia, Índia, Japão, EUA e Canadá. Já o Mercosul é ignorado da estratégia política do continente.

Ontem, Dublin deixou claro que a criação de postos de trabalho e a redução do desemprego recorde serão prioridades. Será nessa perspectiva que o comércio será tratado. "O comércio é um dos vetores do crescimento, da competitividade e da criação de postos de trabalho", avalia o documento oficial.

"Parcerias estratégicas com as principais economias são essenciais para promover o crescimento e empregos. Atenção especial será dada às relações comerciais e de investimentos com economias como a dos EUA, Japão, Índia, China, Canada, Rússia e Brasil". Em 2013, os europeus avançarão na ideia de um acordo de livre comércio com os EUA, Japão e um acordo de investimentos com a China.

No caso do Brasil, os europeus registraram em 2012 uma redução brutal do déficit que tinham com o país. Até novembro, as exportações brasileiras para a Europa sofreram retração de 6,6%, enquanto as vendas de produtos europeus ao Brasil aumentaram 3,6%.

Os dados oficiais revelam um saldo favorável ao Brasil em apenas US$ 1,3 bilhão com o bloco europeu até novembro. Em 2011, o déficit europeu foi de mais de US$ 6,5 bilhões. As exportações brasileiras caíram 20% para a Alemanha, o motor da Europa, 10% para a França, 21% para Portugal e 16% para a Espanha.

Mercosul. A Irlanda não toca sequer uma vez em seu documento de 103 páginas no acordo de livre comércio que se negocia há mais de uma década com o Mercosul. A Europa culpa a Argentina pelo impasse.

A única referência ao bloco é o encontro de cúpula entre Europa e América Latina que ocorrerá no fim deste mês em Santiago, no Chile. Segundo a Irlanda, o encontro servirá para "fortalecer a relação" entre as duas regiões, sem dar detalhes.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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