Freezers da marca de sorvetes utilizam gases refrigeradores naturais como o propano
Normalmente, os refrigeradores do Brasil ainda utilizam fluídos refrigerantes que afetam a camada de ozônio e contribuem para o aquecimento global. São os HFCs (hidrofluorcarbonos) que permanecem na atmosfera por aproximadamente 13 anos.Agora, a tendência é a substituição de geladeiras e conservadoras de alimentos e bebidas por equipamentos dotados de gases refrigerantes naturais — os HCs (hidrocarbonos) como o propano. A Kibon, por exemplo, já utiliza este tipo de tecnologia em parte dos freezers da marca.
Além de ser mais barato, a tecnologia que utiliza propano não agride a atmosfera e se dissipa em menos de 1 ano (até 1000 vezes menor quando comparados com o HFCs), de acordo com a Embraco, fabricante de compressores utilizados nos freezers. “A tendência começou na Europa e Japão e agora atinge Brasil e Estados Unidos”, diz Fabio Klein, diretor corporativo de desenvolvimento tecnológico Embraco.
Por conta do aumento do interesse dos clientes nesta nova tecnologia, a fabricante de compressores está aumentado o portfólio de produtos deste tipo disponível no Brasil. A empresa estima que o uso do propano no mercado global cresça mais de 50% ao ano. De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas de 2010, a expectativa é que em todo o mundo o uso de hidrocarbonos (HCs) para refrigeração doméstica dobre nos próximos oito anos, subindo dos atuais 33% para 75%.
“Hoje, menos da metade da produção de compressores da Embraco utiliza propano, mas acredito que este é um caminho sem volta”, diz Klein. De origem brasileira e atuação global, a Embraco tem capacidade produtiva superior a 35 milhões de unidades ao ano. A companhia tem mais de 12 mil funcionários no mundo. Além do Brasil, está presente na China, Itália, Eslováquia, México e Estados Unidos.
Veículo: Brasil Econômico