A planta da Arcor do Brasil de Contagem gera 400 empregos diretos e produz somente biscoitos
A Arcor do Brasil Ltda investe, anualmente, R$ 7 milhões (média) na fábrica de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os recursos são aplicados em equipamentos, segurança, ações sustentáveis e na diversificação da linha de biscoitos Aymoré, carro-chefe da Arcor no Estado. A planta em Minas esta sob o controle da companhia desde 2005, após a associação com a Danone.
"Somos absolutamente apaixonados por Minas Gerais", declarou o diretor-geral da empresa, Oswaldo Nardinelli. Em 2012, o recurso destinado para a planta de Contagem foi aplicado na ampliação da linha de amanteigados e salpete. A capacidade de produção dos dois tipos de biscoito saltou de 12 mil toneladas para 20 mil toneladas anuais. Naquele ano sobre 2011, a produção total registrou incremento de 7%.
A planta de Contagem produz, atualmente, quatro tipos de biscoito Aymoré e dois de waffle. A unidade gera 400 empregos diretos. O centro de distribuição (CD), estrategicamente localizado, conta com outros 60 colaboradores. A média anual do uso da capacidade instalada se mantém em 70%, índice que pode ser alavancado este ano em decorrência da recente ampliação da capacidade.
Embora a produção de Contagem hoje se resuma aos biscoitos, o diretor de Operações da Arcor, José Dib, não descarta a possibilidade de fabricação de outras guloseimas da marca em Minas. "Não temos nenhum plano imediato, mas a fábrica tem potencial para ser ampliada e a produção diversificada. Um projeto mais concreto depende da estratégia comercial da empresa e da configuração industrial que deve ser usada para atendê-la", adianta Dib.
A força da tradicional Aymoré em Minas ajuda a fortalecer a Arcor no Estado. Segundo Nardinelli, a Aymoré detém 45% do mercado de biscoitos de Belo Horizonte e 27% do de Minas Gerais. A importância do público mineiro se estende ao mercado de chocolates. Dados apontam que a venda de chocolates Arcor em Minas cresceram 16% ano passado, sempre na mesma base de comparação, frente a uma média de 5% do mercado. Embora o faturamento específico da fábrica de Contagem não seja mensurado, a Arcor demonstra ousadia em suas metas: lucrar R$ 1,8 bilhão até 2016. Ano passado, a rentabilidade da companhia foi de R$ 1,1 bilhão.
Lançamentos - Os chocolates, em especial os bombons, são uma das apostas da Arcor para ancorar o crescimento em um período ainda delicado para a indústria brasileira. Trata-se do "Bon o Bon", que em outros países já batiza não apenas bombons, mas uma linha que abrange mais de 20 produtos, inclusive sorvetes e ovos de Páscoa. No país, o bombom desembarca em três versões tipicamente brasileiras: brigadeiro, beijinho e tradicional, com um toque de amendoim. A novidade será produzida na fábrica de Bragança Paulista, interior de São Paulo.
O lançamento demandou investimento de R$ 13 milhões em maquinário e capacitação de colaboradores, enquanto outros R$ 15 milhões serão direcionados à publicidade e ações promocionais. Até o final de 2015, os aportes da Arcor no país devem somar R$ 150 milhões.
A companhia emprega mais de 4 mil funcionários em suas cinco plantas. Além de Contagem e Bragança Paulista, as demais fábricas estão em Rio das Pedras, interior de São Paulo, onde são produzidos chocolates e guloseimas, e Campinas, onde são fabricados biscoitos. A mais recente, inaugurada em 2007 em Recife, também produz guloseimas variadas, como os chicletes Big Big, Poosh e Butter Toffees. A produção total anual é de 170 mil toneladas. A Arcor também conta com quatro centros de distribuição (CDs) e 93 distribuidores espalhados pelo país.
Veículo: Diário do Comércio - MG