O impacto econômico da gripe aviária na China está começando a aparecer, com a indústria de aves acumulando perdas de mais de US$ 2 bilhões em menos de um mês, o que alimenta a expectativa de redução das importações de milho e soja.
A China é um dos maiores produtores mundiais de carne de aves e está entre os principais importadores de soja e milho. Com isso, o surto pode influenciar os preços dos grãos na Bolsa de Chicago (CBOT).
Em 15 de abril, o setor de aves da China registrava perdas de mais de 16,7 bilhões de iuanes (US$ 2,6 bilhões) desde que surgiram relatos da nova cepa do vírus H7N9 no final de março, de acordo com a Associação de Criadores de Animais da China. Essas perdas incluem abate de aves devido a falta de compradores e com a finalidade de controlar a propagação do vírus e vendas por preço abaixo do custo.
Em 16 de abril, a agência de classificação de risco Fitch afirmou que empresas estrangeiras envolvidas no processamento de proteínas ou cadeias de restaurantes são os empreendimentos mais expostos a riscos, citando YUM! Brands, McDonald's, Tyson Foods e JBS. "Acreditamos que o aumento dos receios dos consumidores a respeito da gripe aviária na China pode causar uma retração significativa do consumo de frango, com menos visitas a restaurantes, queda de vendas de frango no varejo e atividade de exportação reduzida", assinalou a agência.
A China produz cerca de 17 milhões de toneladas de carne de aves por ano.
Liu Yonghao, presidente da processadora chinesa de grãos para ração New Hope Group, que também tem uma divisão de aves, disse que as vendas de frango no leste da China caíram 50% devido à gripe aviária.
Veículo: DCI