Quem almoça em casa também está pagando mais caro. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas, mostra que o custo de um mesmo produto pode ser até 110,69% mais alto, dependendo da marca e do local de compra.
Esse é o caso do quilo do tomate que, em São Paulo, era encontrado a R$ 1,59 e a R$ 3,35 em julho. No mesmo mês, segundo o Ibre, o pacote de cinco quilos do arroz branco fino era comprado por R$ 9,58 e R$ 13,54 na Capital - uma diferença de 40,40%.
“Dentro de uma mesma rede de supermercados, o consumidor encontra uma concorrência entre produtos”, explica o economista André Brás, responsável pela pesquisa. “O arroz branco, bastante consumido pelas famílias, pode ter preços mais baixos ou mais altos, de acordo com a marca.”
Portanto, para fugir da inflação, é fundamental pesquisar preços e buscar as marcas mais acessíveis.
Concorrência
Além da disputa entre os fabricantes, existe a concorrência entre as lojas, o que contribui para a diferença de preços. “Para encontrar os mais baixos, o consumidor deve comparar as opções disponíveis”, diz Brás. “E hoje, com a internet, rapidamente é possível pesquisar preços. Os próprios supermercados costumam informar, em suas páginas, os valores das mercadorias.”
Brás lembra que, em muitos casos, o consumidor procura marcas específicas. Quando isso ocorre, é possível economizar por meio da comparação dos preços do mesmo produto em vários locais. “Com a inflação, o consumidor percebe o aumento nos preços dos alimentos”, afirma o economista.
A pesquisa do Ibre, segundo Brás, procura mostrar ao consumidor que, apesar das altas, é possível economizar, desde que o consumidor tenha disposição. “Isso é importante principalmente para as classes mais baixas”, diz.
Veículo: Jornal da Tarde