Leite longa vida cada dia mais raro de achar nos supermercados

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Os consumidores que costumam comprar o leite em caixa, conhecido também como longa vida, estão sentindo dificuldades na hora de encontrar os produtos nos supermercados do Grande Recife. Devido à forte seca que atinge o Nordeste, os produtores de leite do estado não estão conseguindo atender à demanda das grandes redes varejistas. Para  solucionar o problema, alguns supermercados estão buscando fornecedores em outros estados.

Nos últimos 15 dias, problemas no fornecimento estão deixando as gôndolas da rede Wal-Mart (Bompreço, Hiper e Todo Dia) mais vazias. Para tentar reduzir o impacto, o grupo está diversificando seu portfólio de marcas, além de contratar outros fornecedores. A mesma prática foi adotada pelo Carrefour. O desabastecimento atinge ainda os supermercados do Extra, que alega vir sofrendo há cerca de um ano problemas com o fornecimento de leite de caixa em Pernambuco.

A reportagem do Diario esteve em seis estabelecimentos, no Centro do Recife, na Zona Norte e na Zona Sul. Na maioria das lojas, as prateleiras exibiam produtos de marcas específicas com poucas unidades. A variedade também era menor. “Costumo comprar leite desnatado de uma marca específica, mas está difícil achar”, reclamou o artesão Francisco José, 50, que diz vir enfrentando dificuldades para achar o leite que costuma consumir há quatro meses. A professora Catarina Guedes também reclamou da variedade dos rótulos. “A quantidade de marcas às vezes é menor, o que me limita muito na hora de escolher.”

Segundo o presidente do Sindicato de Laticínios e Produtos Derivados de Pernambuco (Sindileite), Carlos Albérico, além da seca, outro problema está causando o desabastecimento. “Os produtores estão repassando 30% dos custos de produção, que aumentaram, para as redes. Mas elas não aceitam”, reclamou. O presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Djalma Cintra, rebateu as críticas. “Negociamos diretamente com as empresas. Elas é quem compram dos produtores”, justificou.

Na tentativa de ajudar a bacia leiteira do estado, o Ministério da Agricultura aprovou, no início do mês, a utilização de leite em pó na fabricação do longa vida. A medida, que limita o uso a 35% da capacidade de cada fábrica, não está sendo suficiente para atender à demanda. “É uma ótima decisão, mas insuficiente para o cenário que estamos vivendo”, avaliou Carlos Albérico.



Veículo: Diário de Pernambuco


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