A venda de computadores de mesa, ou PCs, no Brasil em março somou 1,4 milhão de unidades, o que representa queda de 16% a menos do que o registrado um ano antes, segundo estudo da consultoria IDC.
Segundo o relatório, na comparação com fevereiro o setor teve alta de 37%, com destaque para o aumento nas vendas de desktops e a queda na comercialização de notebooks. No ano passado, foram vendidos 15,5 milhões de computadores, sendo 8,9 milhões de portáteis (notebooks, netbooks e ultrabooks) e 6,6 milhões de desktops.
O declínio do mercado de PCs, que já vem sendo registrado nos últimos anos, tem afetado o Brasil. Em março, o País foi ultrapassado pelo Japão e caiu para a quarta posição entre os maiores consumidores depois da queda de 2% registrada em 2012.
Escola pública
Em contra partida, uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) apontou ontem que a presença de computadores portáteis em escolas públicas urbanas do País cresceu 7% em um ano. A proporção passou de 67% para 74% entre 2011 e 2012.
A pesquisa informa também que a média por escola é 21 computadores - incluindo os de mesa, portáteis e tablets. Para cerca de 80% dos professores, o baixo número de computadores disponíveis dificulta o uso dessa tecnologia para fins pedagógicos.
"O notebook permite que você leve essa infraestrutura de uma sala a outra, que você faça um uso mais eficiente dessa tecnologia no local onde o processo de ensino e aprendizagem ocorre, que é a sala de aula", avaliou Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação.
Outro fator limitante para uso das TIC no processo de educação é a velocidade da Internet. Embora ela esteja presente em 89% das escolas públicas urbanas, 26% delas têm conexão com velocidade de 1 megabite a 2 megabites, faixa mais comum. Também é alto o percentual de diretores (24%) que não souberam informar o tipo de conexão presente nas escolas. Nas particulares, a faixa de velocidade mais encontrada é igual ou superior a 8 megabites.
Veículo: DCI