Ao lado das quadrilhas e boi-bumbás, a tradição das festas juninas também se reflete nas comidas típicas da época. Para a quadra junina deste ano, segundo estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese/Pa), os cenários são de altas de preços tanto dos produtos in natura como das comidas já prontas. Segundo o Dieese/Pa, a pesquisa foi feita no período de 16 a 21 com cerca de 50 produtos in natura, nas principais redes de supermercados da Grande Belém, em comparativo com igual período do ano passado, e apontou alta estimada muito acima dos 7% da inflação acumulada nos últimos doze meses.
A grande maioria dos produtos in natura estão mais caros do que no mesmo período do ano passado. O milho branco para o tradicional mingau, por exemplo, pode ser encontrado em pacotes de 500 gramas a um quilo. Os preços diferem pelas várias marcas comercializadas, mas o preço médio do pacote de 500g teve reajuste de 38,77% nos últimos 12 meses. Enquanto no ano passado foi comercializado em média a R$ 1,84, este ano está sendo vendido em média a R$ 2,55. Os preços do pacote de milho branco para mingau podem variar entre R$ 2,03 a R$ 2,59. Já o pacote de milho para pipoca de 500g apresenta um reajuste de 32,96%. O pacote de 500g de milho para pipoca pode variar entre R$ 2,24 a R$ 3,59; a caixa de canjiquinha São-Brás de 200g aumentou 18,04%.
A canela em pó de 30g apresenta reajuste de 1,47% em relação ao ano passado; o leite de coco de 200ml apresenta recuo de 7,74% em relação a igual período do ano passado e pode ser encontrado com preços variando entre R$ 2,68 e R$ 2,98. A lata do leite condensado Moça, de 395 g, foi reajustada em 20,05%; já o pacote de coco ralado (50 g) manteve o equilíbrio de preço em relação ao ano passado e está sendo comercializado em média a R$ 1,73. O azeite de dendê 200 ml também está mais caro e foi reajustado em 2,5%.
Além dos tradicionais produtos já listados, outros que também fazem parte do preparo das comidas típicas da quadra junina também estão mais caros, como o arroz, que teve um reajuste de 50% nos últimos 12 meses, e da farinha de tapioca, reajustada acima da inflação no mesmo período.
Ainda segundo o Dieese/Pa, os reflexos destes aumentos observados nos últimos 12 meses na grande maioria dos produtos in natura que vão integrar as comidas típicas da Quadra Junina, logo serão percebidos pelos consumidores com a compra das comidas típicas (já preparadas) em vários pontos de vendas da capital e do Estado.
Veículo: O Liberal - PA