Projeto conscientiza as pessoas sobre o destino correto dos equipamentos e deixa a Cidade mais verde
A tecnologia tem produzido aparelhos cada vez mais modernos em pouco tempo. Um celular comprado há um ano já é considerado ultrapassado e o seu destino não pode ser o lixo comum, já que esses objetos têm componentes que podem contaminar a água e o solo. Pensando nisso, há cerca de quatro meses, o funcionário público Denis Paula Furtado resolveu desenvolver um projeto que conscientizasse as pessoas e ainda deixasse a Cidade mais verde. Assim, deu novo uso ao caminhão da família, antes usado para fazer fretes, agora transformado em local para guardar aparelhos eletrônicos descartados e mudas de plantas.
Pilhas, celulares e outros aparelhos são entregues em troca de plantas. Neste mês, o caminhão estará na praça da Igreja de Fátima Foto: Kléber A. Gonçalves
Iniciativas como esta são encorajadas pela campanha "Plante uma árvore. Semeie esta ideia!", lançada pelo Grupo Edson Queiroz, que tem como objetivo estimular a criação e a recuperação de áreas verdes da Capital.
"Eu notei que as pessoas não tinham onde jogar e deixavam acumulados em casa. No caso das pilhas, que têm materiais muito tóxicos, ficavam contaminando as gavetas. Aqui, a pessoa traz essas coisas e ainda leva uma planta", disse.
Sem ajuda de nenhuma entidade, o funcionário público conta com a colaboração da esposa e do filho no projeto. Como dá expediente no horário comercial, na semana, os dois ficam na praça da Igreja de Fátima, fazendo as trocas.
Por enquanto, o projeto ainda não se sustenta, mas esse é o objetivo do funcionário público. "Vendo as doações para uma central de reciclagem e o que dá para consertar, encaminho para um técnico de eletrônica amigo. Com o dinheiro, compro as mudas. Acredito que, em breve, o projeto irá se sustentar", diz.
O caminhão ficará na praça da Igreja de Fátima até o próximo mês e, depois, irá para a praça da Igreja Redonda, na Parquelândia. Segundo Denis Paula, o caminhão recebe desde pilhas e celulares até televisões e computadores.
Para a coordenadora de gestão ambiental Michele Barros, a iniciativa é válida. "Trabalho com o descarte desse material na minha empresa e fazemos esse gerenciamento de resíduos. É importante que as pessoas saibam que jogar esse material no lixo comum é errado e traz problemas ao meio ambiente", avalia.
Emaús
Produtos eletrônicos que não estão mais em uso também podem ser doados para o bazar do Movimento Emaús - Amor e Justiça.
Realizada sempre nas manhãs de sábado, a feira traz opções de objetos usados com preço abaixo do encontrado no mercado. Segundo a coordenadora-geral do movimento, Erivânia Queiroz, todos os dias, a entidade recebe cerca de 40 doações.
FIQUE POR DENTRO
Como esses aparelhos devem ser descartados?
O descarte do lixo eletrônico deve ser feito em empresas e cooperativas que atuam na área de reciclagem. Já celulares e suas baterias podem ser entregues nas companhias de telefonia celular, que encaminham estes resíduos de forma a não provocar danos ao meio ambiente.
Outra opção é doar equipamentos em boas condições, mas que não estão mais em uso, para entidades sociais que atuam na área de inclusão digital.
Veículo: Diário do Nordeste