Recife se destacou no acumulado dos primeiros quatro meses do ano, com alta de 19,84%, o terceiro maior aumento entre as 18 capitais pesquisadas
A cesta básica ficou mais barata, em maio, em 12 das 18 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o Dieese, essa predominância de redução de preços dos produtos da cesta básica não ocorria desde novembro do ano passado.
As maiores quedas ocorreram em Manaus (-4,91%), Salvador (-3,76%) e Belo Horizonte (-3%). Entre as seis capitais onde houve alta, a maior foi registrada em Campo Grande (3,59%), seguida por Porto Alegre (3,49%) e Goiânia (3,43%).
A cesta básica mais cara continua sendo a de São Paulo, onde o valor médio é R$ 342,05. A cesta mais barata é a de Aracaju, que custa, em média, R$ 240,72.
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, houve aumento nas 18 capitais pesquisadas. As altas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (22,33%), Aracaju (21,40%) e no Recife (19,84%). Já os aumentos menos expressivos ficaram em Porto Alegre (6,08%), Florianópolis (7,36%) e Goiânia (8%).
Em maio, os preços da cesta foram influenciados principalmente pela queda verificada em produtos como o tomate, o óleo de soja, café em pó, carne bovina e açúcar. Já os produtos que apresentaram alta no mês foram o leite in natura, o feijão, a farinha e o pão francês.
Entre janeiro e maio deste ano, as 18 capitais analisadas pelo Dieese apresentaram alta nos preços das cestas básicas. A maior ocorreu em João Pessoa, com alta de 20,49%.
De acordo com o Dieese, o salário mínimo ideal, que supriria as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, deveria ser de R$ 2.873,56 em maio, valor 4,27 vezes superior ao salário mínimo vigente no país, de R$ 678.
Em março, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a desoneração de todos os produtos da cesta básica, que ficaram isentos de impostos federais.
Veículo: Diário de Pernambuco