Comércio eletrônico define espaços para expansão

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O crescimento exponencial nos últimos anos do comércio eletrônico, ou e-commerce, ainda traz ao mercado oportunidades com vendas virtuais. Mesmo com o incremento de novas lojas aparecendo na internet, o setor segue como um dos mais promissores do varejo e ainda oferece oportunidade para empresários.

Entre as apostas para os próximos anos estão a contínua entrada de pequenas e médias empresas neste segmento além do fortalecimento de operações estrangeiras no País. Com isso, a perspectiva é de um crescimento de 25% no faturamento do setor, ante ao ano passado, segundo a consultoria e-Bit.

Exemplo disso, a Staples, uma das maiores empresas de e-commerce do mundo, é uma das estrangeiras que buscam se consolidar no Brasil. A varejista americana que faturou U$ 5,8 bilhões só no primeiro trimestre do ano tem um foco bem específico: se tornar a líder na venda de materiais de escritório para pequenas e médias empresas no País.

É o que afirma o diretor da Staples na América Latina, Leo Piccioli. "Todas as empresas querem liderar algum mercado, mas o objetivo não é liderar o mercado inteiro. Nosso objetivo é muito claro. Queremos atender pequenas e médias empresas, é o nicho onde vemos maior oportunidade".

Para alcançar esta meta, a Staples se baseia em três pontos. "Primeiramente temos um nível de serviço elevado. Além disso, oferecemos produtos de alto padrão a preços menores. E também temos nossa marca, somos a maior vendedora do mundo de produtos de escritório".

O diretor da Staples ainda ressalta que o comércio eletrônico brasileiro tem chamado a atenção dos estrangeiros. "O Brasil ainda tem um espaço maravilhoso para ser desenvolvido. Por isso acho que o e-commerce ainda é muito pequeno perto do que vai ser no futuro."

Gastão Mattos, diretor executivo da Braspag, empresa especializada em soluções de pagamentos on-line, também aponta expansão do setor. "O comércio eletrônico deve continuar crescendo dois dígitos pelo menos nos próximos cinco anos".

O envolvimento de empresas cada vez menores continua se destacando, assim como o número de players que vingam no e-commerce, afirma Mattos. "Há uma tendência da entrada de pequenas empresas, hoje o mercado está mais maduro do que nunca para comportar novos empreendimentos. Há mais condições de implementar um comércio pequeno, novo, e evitar várias armadilhas que determinaram fracasso em anos passados."

Além do melhor preparo por parte das empresas que ingressam no comércio eletrônico, a segmentação é um dos aspectos principais que possibilitam a convivência de players menores com as gigantes varejistas. "Novos empreendimentos estão nascendo pra serem especialistas em alguma coisa, para competir com grandes players", conclui Mattos.

Mercado móvel

O comércio eletrônico por meio dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones - também chamado de m-commerce - é um dos canais utilizados para gerar novas vendas, seguindo o ritmo de crescimento do setor.

Após a representatividade do m-commerce no varejo eletrônico dobrar de 5% para 10% no ano passado, na comparação com 2011, segundo dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o número de pequenas e médias empresas a explorar este canal também deve aumentar.

Um levantamento elaborado pela empresa deviceLab relatou que 100% dos sites varejistas na pesquisa apresentam pelo menos um erro que inviabiliza a compra por dispositivos móveis. Para Leandro Ginane, fundador e diretor executivo da empresa, "o m-commerce já é uma realidade no Brasil. Já existem dois milhões de pessoas que fazem compras por tablets ou celulares."

Ginane destaca a importância de não ver o canal apenas como uma solução tecnológica. "Planejamento sempre foi importante. Saber, por exemplo, que se meu público é a classe C, a interface tem que corresponder a aparelhos de conexão mais lenta. Tecnologia é uma ferramenta, mas o principal é a estratégia de marketing, de canal de venda."



Veículo: DCI


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