Se no ano passado as dificuldades da seca transformaram a Expointer em um evento da superação, neste ano os números recordes a segunda maior safra de grãos, com 28,25 milhões de toneladas, e a maior colheita de soja no Estado, com 12,53 milhões de toneladas sugerem uma edição da consolidação do agronegócio.
Com o desempenho expressivo da Expodireto – realizada no início do ano em Não-Me-Toque –, que negociou R$ 2,5 bilhões, a feira de Esteio ficou no compromisso de fazer bonito. As projeções variam conforme a fonte, mas é consenso de que as vendas no Parque de Exposições Assis Brasil – que incluem animais, além de máquinas e implementos – pelo menos repitam o resultado de R$ 2,02 bilhões obtido na edição passada.
Com a conjugação de crédito farto – anunciado para quem deseja fazer investimentos – e produtor capitalizado pelos resultados da lavoura, apenas repetir o resultado é uma projeção tímida. E talvez esteja embasada no medo de apostar alto demais, correndo o risco de levar um tombo com os resultados finais.
Outro ingrediente a ser considerado neste cálculo é a taxa do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). No ano passado, a redução de 5% para 2,5% foi anunciada em meio à realização da Expointer e alavancou as compras de máquinas e equipamentos. Conforme previamente programado pelo governo, a taxa vem gradativamente aumentando e atualmente está em 3,5%.
Nos negócios envolvendo animais, a perspectiva é semelhante: igualar a marca de R$ 13,7 milhões. Desse total, R$ 9,39 milhões vieram das pistas de cavalos crioulos. Mercado que segue aquecido, segundo o vice-presidente de comunicação e marketing da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Jose Luiz Lima Laitano:
– O bom resultado da safra deixa criadores com condições de investir em genética de qualidade.
Veículo: Zero Hora - RS