Cresce importação de cereal dos Estados Unidos

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Em torno de 685 mil toneladas de trigo devem desembarcar nos principais portos brasileiros em julho segundo levantamento da agência Williams. Desse total, 432 mil toneladas, ou 63%, são de trigo dos Estados Unidos. A diferença, cerca de 253 mil toneladas, deve vir, principalmente, de portos argentinos.

No dia 16, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou, de 31 de julho para 30 de agosto, o prazo para importação de trigo de fora do Mercosul com alíquota zero.

O objetivo da medida foi conter a pressão de alta sobre os preços das commodity no mercado interno diante da quebra da produção na Argentina, principal fornecedor da matéria-prima para o Brasil. Em abril, a Camex havia estabelecido uma cota de importação de trigo sem tarifa de 2 milhões de toneladas.

A maior parte do volume do cereal programado para ser descarregado no Brasil nas próximas semanas (197 mil de toneladas) deve entrar pelo porto de Santos (SP). Entre as principais empresas importadoras, estão o Moinho Pacífico, a Bunge, a J.Macedo e a Multigrain.

Para a safra 2013/14, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Brasil vai importar 6,8 milhões de toneladas do cereal, ante as 7 milhões de toneladas realizadas no ciclo 2012/13. Já as exportações, segundo a estatal, devem alcançar 1,5 milhão de toneladas em 2013/14, ante 1,7 milhão de toneladas no ciclo anterior.

A produção brasileira está inicialmente estimada em 5,6 milhões de toneladas, 30% acima da colhida no ciclo anterior, segundo dados da Conab. No entanto, o mercado já trabalha com algum problema de qualidade e produtividade advinda das geadas previstas para ocorrerem nesta semana, sobretudo nas regiões produtoras do Paraná.

Segundo o Departamento de Economia Rural do Estado, em torno de 43% da área de trigo paranaense estava exposta à geada, prevista para ocorrer na madrugada desta quarta-feira.



Veículo: Valor Econômico


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