O faturamento das prestadoras de serviços de limpeza deve ficar estável ou no máximo crescer o mesmo que o Produto Interno Bruto (PIB) este ano. A projeção pouco animadora é a da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp). Segundo estudo que acaba de ser finalizado, o segmento de serviços de limpeza movimentou de R$ 15,5 bilhões a R$ 16 bilhões em 2012.
São 13,2 mil companhias, quase 70% com menos de 20 funcionários. Também há grandes corporações, como as multinacionais ISS e Sodexo e a brasileira Brasanitas. A forte concorrência, segundo Romilton dos Santos, presidente da Abralimp, tem levado a uma forte disputa de preços que limita a expansão do faturamento e aperta margens. Isso se acentua num cenário como o atual, de desaceleração econômica - quando quem contrata o serviço fica mais resistente a reajustes e busca cortar custos.
Ainda fazem parte do mercado analisado pelo estudo da Abralimp, 3,3 mil fornecedores de produtos químicos e de equipamentos, que geraram receita de R$ 1,6 bilhão a R$ 1,8 bilhão no ano passado. Todo o setor movimentou entre R$ 17,1 bilhões e R$ 17,8 bilhões em 2012 - uma alta de 2% a 3% sobre o ano anterior.
A melhor perspectiva, segundo Santos, é para os fornecedores de máquinas e equipamentos. "Esse segmento cresce acima do PIB", diz. "A busca por produtividade e falta de mão de obra aumenta a necessidade de automação dos serviços de limpeza."
As empresas limpadoras acabam disputando trabalhadores com a construção civil, que tem piso salarial maior, segundo Santos. "Há muita rotatividade de funcionários", afirma. Ele estima que existam hoje cerca de 30 mil vagas em aberto no segmento, que emprega cerca de 760 mil pessoas. A maior falta de pessoal, diz ele, está na região Sudeste.
Junto com a região Sul e o Distrito Federal, o Sudeste responde por 80% do mercado de limpeza profissional. O setor realiza de 13 a 15 de agosto, em São Paulo, a feira Higiexpo e o congresso Higicon, que devem receber 14 mil pessoas.
Veículo: Valor Econômico