Ainda em 2013, empresa planeja vender para Angola, Colômbia, Escandinávia, França, Holanda e Suíça .
A receita do pão de queijo congelado originalmente de João Pinheiro, município da região Noroeste de Minas Gerais, que já atende a praticamente todo o território nacional, desembarca, em breve, em novos países. Isso porque uma das metas da Forno de Minas S/A, com planta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é ampliar as exportações. Até o fim deste ano, a empresa estima que 8% do seu faturamento seja resultado das vendas no Canadá, Chile, Estados Unidos, Inglaterra e Uruguai. Em breve, o primeiro embarque para os Emirados Árabes também será realizado.
Ainda no atual exercício, a empresa planeja exportar para Angola, Colômbia, Escandinávia, França, Holanda e Suíça. Até 2016, 25% do pão de queijo produzido no Estado terá como destino o mercado externo. Embora a iguaria tipicamente mineira seja responsável por aproximadamente 95% das vendas externas, outros produtos, a base de queijo e vegetais, como o folhado de palmito, também já são demandados por outros países.
Quando o assunto é exportação, o principal mercado da companhia são os Estados Unidos, que consomem 50% do volume embarcado. A Forno de Minas já está presente no país há 13 anos e tem o objetivo de triplicar o volume até 2016. No país, os produtos podem ser encontrados tanto em pequenos supermercados e restaurantes, quanto em estabelecimentos pertencentes às grandes redes, como a Whole Foods, reconhecida por vender produtos naturais. A outra metade é bem distribuída entre as demais nações, com destaque para Portugal.
A valorização do dólar frente ao real é um dos fatores que favorecem as exportações, por fazer com que o produto brasileiro chegue ao outro lado da fronteira a um preço mais competitivo. Além disso, o diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Forno de Minas, Ricardo Machado, também acredita que, com o Brasil em evidencia, devido aos eventos de porte internacional, como Copa do Mundo e Olimpíadas, pode abrir novas oportunidades de negócios além das fronteiras.
Para Machado, conquistar o paladar de outras etnias é um dos principais desafios, uma vez que o produto ainda está muito restrito à comunidade brasileira que reside em outros países.
A fim de concretizar metas relacionadas à exportação, Machado ressalta que a Forno de Minas reestruturou essa área dentro da empresa, direcionando mais profissionais à prospecção e desenvolvimento. Além disso, a companhia também investe em ações de marketing com repercussão internacional, em áreas como mídia digital e degustações em pontos de venda. "O comércio internacional traz resultados para a empresa no longo prazo. Sendo assim, não adianta investir agora, com o objetivo de observar os impactos após um curto período de tempo", enfatiza Machado.
O mau desempenho da indústria não reflete a realidade da Forno de Minas. Isso porque, a empresa planeja concluir 2013 com incremento de R$ 60 milhões na receita sobre 2012, alcançando os R$ 220 milhões. Além de apostar na comercialização de produtos no exterior, a empresa também investe na diversificação e lançamento de produtos, como folhados, empanadas, tortinhas e waffles, ampliação da capacidade de estocagem de frios e processamento de leite e uma logística ainda mais organizada.
Veículo: Diário do Comércio - MG