Cosméticos cearenses: Cigel prepara nova expansão para 2014

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A Cigel, detentora das marcas Alyne, Aseplyne e Taillys, planeja triplicar produção e atuar fora do Nordeste

Depois de triplicar sua capacidade produtiva em três anos, passando do patamar de 200 toneladas de produtos por mês, em 2010, para as atuais 650 toneladas/mês, a indústria cearense Cigel, fabricante das marcas Alyne Cosméticos, Aseplyne e Taillys, se prepara para nova expansão em 2014, quando a empresa terá condições para produzir 900 toneladas/mês.

A marca mais conhecida da fábrica da Cigel, a Alyne Cosméticos, despertou até o interesse de empresários de fora do Estado, o que animou o presidente do grupo a investir na ampliação Foto: José Leomar

Segundo o presidente da empresa, Paulo Gurgel, a indústria, que conta hoje com 250 empregados, já iniciou o processo de seleção para contratar mais 50 trabalhadores nos próximos seis meses. "Estamos só aguardando a chegada dos novos equipamentos para começar a operar com força total", afirma.

Conforme o empresário, o parque industrial da Cigel opera 24 horas por dia, com mão de obra prioritariamente local. Além de produzir três marcas do segmento de higiene e beleza, a Cigel também fabrica as embalagens plásticas de seus produtos e se responsabiliza pessoalmente pela logística, utilizando veículos próprios na distribuição.

Estratégia de ampliação

A ampliação do potencial da fábrica, segundo ele, representa apenas uma parte da estratégia de expansão da empresa, que este ano participou pela primeira vez da Abad. Atuando nos mercados cearense e nordestino, a Cigel se prepara para entrar em novos mercados.

"Fora do Nordeste, já trabalhamos bem o mercado de Manaus. Agora, com a Abad temos a oportunidade de entrar também no Sul e Sudeste do País. Já temos distribuidor para o Rio de Janeiro e estamos em negociação com outros estados do Sudeste e Centro-Oeste. Nos próximos dois anos queremos estar em todos os estados brasileiros", antecipa o empresário.

Gurgel garante que precisou revisar as metas da empresa depois da participação na Abad. "No início da feira, nossa meta era ampliar em aproximadamente 10% a nossa rede de distribuidores e, no momento, já ultrapassamos a marca de 20%. Se já trabalhávamos fortemente no Norte e Nordeste, com a Abad tivemos nossa porta de entrada para o restante do Brasil".

Outra ação estratégica da Cigel é a reformulação dos produtos Alyne, com foco na classe C, a partir do lançamento de quatro novas linhas durante a Abad. "Esses produtos ganharam novo apelo, nova embalagem e nova fórmula e estão aptos para brigar com grandes marcas", disse.

Segundo o presidente da Cigel, foram necessários dois anos de estudos e pesquisas para desenvolver produtos voltados exclusivamente para a mulher brasileira. "Continuaremos com o público C, mas oferecendo a elas o que grandes marcas oferecem ao público B, a preço de classe C e com a qualidade dos produtos de classe A", resume.

Sucessão planejada


O plano de sucessão da empresa, segundo Paulo Gurgel, começou há mais de dez anos, quando a Cigel completava 17 anos de fundação. "Essa empresa começou há 27 anos num fundo de quintal, mas desde que meus filhos foram completando 18 anos, comecei a prepará-lo para me sucederem na empresa. Quando se aproximavam do período de vestibular, eu já indicava uma profissão que pudesse os ajudar futuramente a administrar nossa fábrica. Criei a empresa para eles e quero que eles administrem para os filhos deles", planeja.

Visita

Durante visita à fábrica Cigel, ontem, localizada no Parque Potira, em Caucaia, os filhos e sucessores do industrial Paulo Gurgel, Raul, Alyne e Adriana Gurgel, apresentaram o processo produtivo da fábrica a comitiva da Abad Jovem, presidida pela empresária catarinense, Joice Catarina Sabatke, que demonstrou interesse especial pelo anti-séptico Asseplyne.

Segundo o diretor operacional da Cigel, Raul Gurgel, na linha de produção do sabonete líquido anti-séptico Asseplyne são produzidos atualmente de 15 mil a 20 mil litros mês - número que tende a crescer com a ampliação do parque fabril e os planos de expansão da empresa.



Veículo: Diário do Nordeste


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