Superávit comercial da China melhora e anima mercados

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Uma recuperação surpreendentemente firme das exportações e importações da China em julho ofereceu alguma esperança de que a segunda maior economia do mundo pode estar se estabilizando após mais de dois anos de crescimento mais lento.

As importações de petróleo e minério de ferro se recuperaram de mínimas de vários meses para registrar máximas no mês passado, à medida que mais matérias-primas foram adquiridas para recompor estoques, e as compras de soja bateram recorde pelo segundo mês seguido.

Uma estabilização da economia seria um alívio para os líderes da China, que vêm lutando para sustentar o crescimento desde meados do ano em meio a preocupações de que uma forte desaceleração pode afetar suas tentativas de reformar a economia para que ela seja mais direcionada pelo consumo do que pelo investimento e a indústria.

Dados da Administração de Alfândega mostraram que as exportações subiram 5,1% em julho ante o ano anterior, após a primeira queda em 17 meses em junho. Analistas esperavam um aumento de 3%.

As importações foram ainda melhores, com um salto de 10,9% ante o ano anterior, mais de cinco vezes o que analistas esperavam. A força inesperada nas importações deixou a China com um superávit comercial, menor do que o esperado, de US$ 17,8 bilhões.

Em junho, as exportações recuaram 3,1% e as importações caíram 0,7% no ano.

As leituras do mês de julho também superaram a previsão de economistas, de alta 2,8% para exportações e avanço de 1,3% em importações.

"Julho parece refletir um retorno a um 'normal", escreveram analistas da Moody's. "Em outras palavras, embora o pior pareça ter acabado, a mudança será relativamente rasa."

De fato, as exportações nos três meses encerrados em 31 de julho registraram o aumento anual mais lento desde o mês de outubro de 2009.

As importações de petróleo e minério de ferro se recuperaram de mínimas de vários meses para registrar máximas no mês passado, à medida que mais matérias-primas foram adquiridas para recompor estoques, e as compras de soja bateram recorde pelo segundo mês seguido.

Uma estabilização da economia seria um alívio para os líderes da China, que vêm lutando para sustentar o crescimento desde meados do ano em meio a preocupações de que uma forte desaceleração pode afetar suas tentativas de reformar a economia para que ela seja mais direcionada pelo consumo do que pelo investimento e a indústria.

Mercado reage bem

As bolsas de valores asiáticas e europeias fecharam em alta ontem, impulsionadas pelos dados da China em julho. A recuperação inesperada no comércio da China ofereceu esperanças de que a segunda maior economia do mundo possa estar se estabilizando, após uma desaceleração que tem levado o governo a sustentar a atividade econômica.

"Tanto os dados de exportação quanto os de importação surpreenderam o mercado de maneira otimista, graças à melhora do cenário externo assim como as medidas direcionadas de Pequim para sustentar a economia", disse o economista Zhou Hao, da ANZ.

BC mantém estímulos

O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) injetou 20 bilhões de iuanes líquidos no sistema bancário do país nesta semana por meio de suas operações no mercado aberto, como medida do governo para evitar uma desaceleração mais expressiva da economia do país.

Durante a semana passada, o banco central chinês havia injetado 136 bilhões de iuanes no mesmo tipo de operação.

Ontem, os recursos, que totalizaram 15 bilhões de iuanes, foram injetados por meio de acordos de recompra reversa de 14 dias, em linha com as informações de que o banco central chinês retomaria o plano de aumentar a liquidez por meio das operações de mercado aberto, representando um mini estímulo para impulsionar o crescimento do país. Na terça-feira, foram injetados 12 bilhões de iuanes por meio de acordos de recompra reversa de sete dias.



Veículo: DCI


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