O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor caiu 3,5% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. É o segundo recuo mensal consecutivo e a menor variação para um mês de julho desde 2006. Na relação anual - julho deste ano contra o mesmo mês do ano passado - o indicador caiu 5,0%. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice apresentou alta de 4,0%. No primeiro semestre de 2013, o indicador havia registrado crescimento de 5,6%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda da inadimplência em julho é decorrente da procura e interesse do consumidor pela renegociação de dívidas e da atitude cautelosa de evitar a aquisição de novos bens e serviços. A redução do poder aquisitivo, por conta da inflação, foi determinante para a mudança de comportamento.
As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços) e a inadimplência com os bancos foram as responsáveis pela queda do indicador em julho de 2013, com variações negativas de 8,7% e 2,2%, respectivamente, e contribuições negativas de 3,9 ponto percentual e 1,0 ponto, respectivamente. Os títulos protestados e os cheques sem fundos cresceram e não deixaram que o índice caísse mais em julho.
O valor médio da inadimplência não bancária e dos títulos protestados apresentou queda de 8,4% e 2,2%, respectivamente, de janeiro a julho de 2013, na comparação com igual período de 2012. Já as dívidas com os bancos e os cheques sem fundos registraram alta de 4,7% e 10,3%, respectivamente.
Já os dados nacionais da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) mostram que a inadimplência subiu 3,8% em julho, descontados os efeitos sazonais. No resultado acumulado neste ano até julho, contra o mesmo período de 2012, houve retração de 1,3%. Na comparação dos últimos 12 meses, o indicador recuou 0,4%.
O resultado deste mês apresentou desaceleração do ritmo de queda dos registros de inadimplência. Assim, mesmo com a recente reversão da política monetária - alta acumulada em 1,25 ponto da taxa básica de juros (Selic) - a Boa Vista Serviços avalia que demais fatores, principalmente a manutenção das boas perspectivas do mercado de trabalho e a melhoria da qualidade de crédito concedido, devem continuar contribuindo para manutenção de um patamar baixo do indicador.
Veículo: DCI