Produtores querem barrar alho chinês; importador fala em aumento de preço

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Produtores e importadores de alho estão em pé de guerra por causa do produto vindo da China. Os agricultores brasileiros querem aumentar as barreiras impostas ao alho chinês, enquanto os importadores pretendem derruba-las.

O Brasil produz só 35% do alho que consome, e mais da metade do produto importado vem da China --quase todo o resto sai da Argentina.

Para entrar no país, o alho chinês é submetido, desde 1996, ao pagamento de tarifa antidumping. A medida é reavaliada de tempos em tempos e a revisão mais recente ocorreu em 2007, com previsão para expirar no final deste ano.

Os produtores brasileiros se anteciparam e pediram ao Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento, a renovação do antidumping e o aumento da tarifa, de US$ 0,52 por quilo para US$ 1,01.

"Nossos estudos mostram que esse é o valor do dumping praticado pelos chineses", diz Rafael Corsino, presidente da Anapa (Associação Nacional dos Produtores de Alho).

Dumping é quando um produto é vendido com preço mais baixo que no país de origem. Segundo Corsino, o quilo do alho chinês é vendido no Brasil cerca de US$ 1 mais barato que na China.

Os importadores negam o dumping. O presidente da Ania (Associação Nacional dos Importadores de Alho), Herculano Gonçalves Filho, diz que algumas empresas chinesas abriram os seus números ao Decom para comprovar que não há essa prática.

Segundo ele, se a tarifa subir, o consumidor vai pagar mais pelo alho, já que a produção nacional não é suficiente para abastecer o país. A alta, diz, pode chegar a R$ 1,20 por quilo, que é vendido entre R$ 12 e R$ 15 ao varejo.

Novo corte As estimativas para a safra norte-americana de grãos sofreram mais uma revisão. Ontem foi a vez de a consultoria Lanworth reduzir em 2% e 3% a projeção para o rendimento da soja e do milho. Motivo: o clima quente e seco nos EUA.

Repercussão O mercado respondeu com alta. A soja subiu 1,34%, e o milho avançou 0,9% em Chicago. Mas os ganhos recentes não anulam as perdas em 12 meses: a soja cai 17%, e o milho, 36%.



Veículo: Folha de S. Paulo


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