Vales-presentes incrementam compras feitas por impulso

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Em menos de um ano, a Peela, empresa fornecedora de vales -presentes (gift cards) viu o total de seus cartões emitidos pular de 100 mil unidades em 2012, para 1,5 milhão em 2013. A perspectiva da companhia é fechar este ano com 2,5 milhões de cartões pré-pagos em circulação no varejo, já que esse "serviço" começa a despontar como uma das principais estratégias dentro do ponto de venda e no comércio virtual.

Muito mais que levar o consumidor até as lojas, os vales-presentes ajudam a incrementar as compras por impulso. Além disso, as perspectivas são promissoras, uma vez que até 2016, os gifts cards podem representar 4,5% das vendas do varejo no País, estimam consultorias. A perspectiva norteia as estratégias das duas principais empresas fornecedoras das soluções, a Peela e a Vale Presente.

Para a Vale Presente, a ferramenta ainda é pouco explorada no Brasil, na comparação com mercados maduros como o norte-americano e o europeu. "Nesses países, é um hábito utilizar gift cards pela praticidade. Em 2011, por exemplo, os vales-presentes foram responsáveis por 20% das vendas de Natal dos norte-americanos", disse ao DCI Rodrigo Borges, CEO da empresa. Na América Latina estima-se que sejam movimentados US$ 133 bilhões nos próximos dois anos e meio. Nos EUA, o total chegará a US$ 300 bilhões até 2016.

Em operação desde outubro de 2012 e tendo como sócio-investidor Carlos Wizard Martins, (dono da Wizard), a Vale Presente pretende emitir 1 milhão de gifts cards até o final de 2013. Esses cartões, no varejo, representam 35% dos negócios da empresa. " Temos casos pontuais de companhias que implementaram Vale Presente em sua estratégia de vendas e vêm tendo resultados muito interessantes. Um deles é a churrascaria Fogo de Chão, que em apenas um dia, comercializou mais de R$ 1 mil em vales-presentes" explicou Borges.

Quem confirma o potencial desses cartões pré-pagos para as operações de varejo é Eduardo Almeida, diretor de marketing da Peela. O executivo explicou que esse é um setor multimilionário no mundo e que já movimenta milhões no País. "No Brasil a movimentação já ultrapassa os R$ 100 bilhões ao ano. Isso vai crescer muito ainda, principalmente com a chegada dos gift cards de produtos e serviços, uma das nossas apostas", disse.

Segundo Almeida, este crescimento se deve principalmente a fatores como: crescimento do consumo das famílias, busca de maior segurança e praticidade nos pagamentos. "Além de ser um grande facilitador para os jovens, ajudamos os receosos a comprar pela Internet e é, claro, uma nova forma de presentear amigos e familiares", concluiu.

Os cartões pré-pagos da Peela estão em 3 mil pontos de venda e a empresa atende a rede varejistas como: Lojas Americanas, Saraiva, Walmart, entre outras, afirmou o executivo. Além disso, a Peela já fechou alguns contratos para que seusgifts cards possam ser inseridos em grandes marcas do mercado de moda, cursos on-line e serviços de assistência 24 horas. No e-commerce, os vales, segundo Borges são capazes de crescer significativamente o tíquete médio. "Para os varejistas, a ferramenta complementa em mais de 50% o tíquete médio das compras on-line", disse. Um dos clientes de nome da Vale Presente é a Netshoes, que no começo do ano passou a oferecer gifts cards de R$ 50 a R$ 2 mil.

No Grupo Pão de Açúcar (GPA), os cartões pré-pagos foram inseridos nas operações do Pão de Açúcar e do Extra há dez anos, conforme explicou Renato Caetano de Oliveira Junior, gerente de Serviços do GPA. "Há mais de 10 anos possuímos nossos vales-presentes próprios, para uso dentro das lojas Extra e Pão de Açúcar, e há quase dois anos lançamos os vales de terceiros, ou seja, cartões de outras marcas que são distribuídos dentro das nossas lojas", disse ele ao DCI.

Junior afirmou que são vendidos "algumas dezenas de milhares de cartões mensalmente" e que a rede acredita no potencial de venda do artigo. "Acreditamos plenamente no crescimento desta forma de presentear. Esta é uma modalidade madura em mercados fora do Brasil e que é relativamente recente e em fase de consolidação aqui."

O executivo, quando questionado se os cartões seriam uma forma de levar o consumidor até o ponto de venda, disso que acredita nessa possibilidade. "Pode ser sim, mas principalmente reforça o conceito conveniência ou "one stop shop", ou seja, além de fazer suas compras do dia a dia, nosso cliente pode conciliar com compra de uma variedade interessante de presentes, ou até mesmo para sua própria utilização", explicou ao DCI.



Veículo: DCI


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