Com a conclusão de obras, expectativa é retomar a produção própria de derivados.
Com a conclusão das obras de reforma do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a expectativa é retomar a produção própria de derivados do leite e capacitar cada vez mais os técnicos e novos interessados no setor lácteo. Com investimentos de R$ 3,3 milhões, a unidade deve receber anualmente cerca de 450 alunos. O instituto é administrado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
A retomada da fabricação de produtos lácteos será gradual e está prevista para iniciar em novembro. Até o fim do ano a loja do ILCT já terá produtos para atender aos consumidores.
Ao todo foram investidos na reforma R$ 3,3 milhões. Deste total, R$ 2,2 milhões foram provenientes do governo dO Estado e o restante, R$ 1,1 milhão, do governo federal.
De acordo com o presidente da Epamig, Marcelo Franco, com a reforma, o ILCT "está pronto para capacitar profissionais voltados para a indústria láctea".
"Investimos na aquisição de maquinários de alta tecnologia, nos cuidados com o meio ambiente e no aprimoramento dos cursos. A indústria láctea está em constante avanço e nós estamos aptos a capacitar pessoas para atender a demanda crescente da indústria", disse.
Segundo dados da Epamig, esta foi primeira vez que o ILCT passou por reformas estruturais em 78 anos de funcionamento. O prédio do núcleo industrial foi construído em 1941 para abrigar um presídio e desde então funciona como fábrica de laticínios.
O espaço conta agora com equipamentos e condições adequadas para a realização de pesquisas na área de lácteos, fabricação de produtos e manutenção do Curso Técnico em Leite e Derivados, com salas específicas para aulas e três laboratórios de Tecnologia e Desenvolvimento de Produtos.
Cerca de 450 alunos por ano passarão pelo núcleo industrial, onde haverá também cursos de mestrado e de formação básica de curta duração em leite e derivados.
Capacidade - A fábrica conseguirá processar até oito mil litros de leite por dia, volume 30% superior ao produzido antes da reforma. Com a ampliação da capacidade de produção a expectativa é investir na diversificação das linhas de produtos.
De acordo com a Epamig, antes da reforma eram apenas 12 produtos, com a nova estrutura serão 34, entre os quais requeijão cremoso, doce de leite em tablete, queijos frescos, maturados e finos, bebidas fermentadas e manteiga. Também serão desenvolvidos produtos com maior valor agregado, como alguns tipos de queijos que serão voltados também para as exportações.
"O objetivo é testar os processos produtivos, as rotulagens, o comércio e, assim, contribuir para a evolução dos laticínios do Estado. Nossa expectativa é muito positiva com a reinauguração, já somos referência no mercado e pretendemos contribuir ainda mais para o desenvolvimento do setor", disse Franco.
O prédio também conta com espaços adequados para a realização de pesquisas na área de lácteos, fabricação de produtos e manutenção do Curso Técnico em Leite e Derivados, com salas específicas para aulas e três laboratórios de Tecnologia e Desenvolvimento de Produtos.
Veículo: Diário do Comércio - MG