Cautela do consumidor e do varejo

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A menos de um mês e meio do Natal, o que se vê por enquanto é um comportamento atípico de comerciantes e consumidores. Redes varejistas não alongaram os prazos de pagamento dos financiamentos para que a prestação se encaixe no orçamento do brasileiro, porém, dão desconto no pagamento à vista.

Esticar prazo e jogar a primeira prestação para o ano seguinte foram práticas comuns recentemente, sobretudo em momentos de juros em alta como o atual. O consumidor aproveitou os feirões de renegociação de dívidas, que ocorreram durante o ano todo. Mas o inadimplente que limpou o nome não tem intenção de cair de novo na farra do consumo.

Pesquisas mostram que cresceu significativamente, em relação a anos anteriores, a fatia daqueles que pretendem usar a primeira parcela do 13o salário para poupar. A intenção de gastar essa renda extra para ir às compras ou quitar dívidas também é menor em relação a 2012.

Economistas atribuem a mudança de comportamento de varejistas e consumidores às incertezas que rondam a economia no ano que vem.

– Se não houvesse preocupação dos agentes econômicos em relação a 2014, os prazos de pagamento dos financiamentos já estariam sendo esticados – lembra Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Mensalmente, a Anefac pesquisa prazos e juros cobrados do consumidor. Apesar de a taxa média ter subido desde abril e encerrado outubro em 5,56% ao mês, os prazos máximos e médios dos financiamentos ficaram parados nesse período.

Esgotamento do ciclo de crédito interfere na compra


Para o economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, a cautela de consumidores e empresas existe porque há muitas incertezas. Segundo ele, para o consumidor, há um claro esgotamento do ciclo de crédito.

Nas contas do diretor de pesquisa econômica da GO Associados, Fabio Silveira, a massa real de rendimentos, que cresceu 6,6% ao ano entre 2010 e 2012, deve aumentar 2,5% este ano e 1,4% em 2014.

Esse é um dos motivos apontados por Silveira para que o comércio não tenha um impulso significativo. Para Tingas, a inflação pressionada, na casa de 6% ao ano, come a renda. Ele acrescenta que, apesar de ter recuado, o nível de endividamento do consumidor ainda é alto e afeta as compras.



Veículo: Diário Catarinense


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