Um dos setores da indústria que mais tem eliminado a figura do intermediário é o de moda íntima. Prova disso é o número crescente de marcas que passaram a operar no varejo por meio das franquias, e que têm ampliado os seus lucros por conta disso. O case que mais chama atenção atualmente é o da Hope, que pretende ter, em médio prazo, de 60% a 70% dos seus lucros vindo das lojas.
Segundo o diretor de expansão da marca Sylvio Korytowski, as primeiras iniciativas da empresa que atuava apenas como fornecedora de produtos a lojas multimarcas já dão resultado. "Hoje temos 123 lojas em operação e para o próximo ano pretendemos abrir mais de 50 novos pontos de venda", disse o executivo ao DCI.
Mesmo com algumas operações no exterior - em Portugal, Israel e na Argentina - Korytowski afirma que o Brasil é o seu mercado potencial e que a empresa tem planos agressivos de expansão. "Até 2015 queremos ter cerca de 350 franquias com a marca Hope Lingerie", disse.
Lojas de rua não estão descartadas e o diretor de expansão afirmou que a loja conceito da Hope na Rua Oscar Freire é uma das mais rentáveis da rede. "A loja conceito foi uma surpresa para nós", argumentou ele.
Além disso a empresa está com o projeto Hope Sob Medida, que nada mais é que uma loja dentro de outra loja (Store in Store). Hoje são 160 pequenas lojas e a perspectiva da Hope é que o projeto atinja 200 operações no próximo ano. "Conseguimos fazer com que o dono da loja multimarca cresça seu faturamento em 35% ao agregar a Hope Sob Medida."
Outra iniciativa que deu resultado na Hope Lingerie foi o uso de celebridades em suas campanhas publicitárias. "Assinamos no passado com a Juliana Paes e foi um sucesso. Esse ano foi a vez da Gisele Bündchen que está superando as nossas expectativas", argumentou Korytowski ao que completou: "O sucesso foi tamanho que hoje temos a única linha de licenciamento que leva o nome dela. As vendas nos surpreenderam."
Na Scala, grife pertencente ao Grupo Scalina e umas das pioneiras a ter lojas próprias, a estratégia para ganhar da concorrência foi partir para o nicho de moda praia, conforme explicou a gerente de marketing do Grupo Scalina, Juliana Bueno. "Biquíni, piscina, sol e pé na areia. Isso tudo faz parte do universo do nosso público e nossa intenção é estar presente nesses momentos para elevar a autoestima da mulher e torná-los momentos únicos".
Atualmente a Scala tem 118 lojas espalhadas pelo Brasil, sendo 13 unidades próprias e 105 franquias e até o final do ano a marca terá novas operações, além de boas expectativas para 2014. "Ainda para 2013 abriremos mais duas lojas, e para 2014 estão projetas 20 novas lojas", disse Juliana. Outra iniciativa que tem dado certo na rede é a figura das "Embaixadoras da marca", que nada mais é que artistas renomadas que estreitam o relacionamento com o público. Além disso, as redes sociais também são as armas da Scala na disputa pelo consumidor multicanal. "Procuramos investir em redes sociais, que têm nos dados um excelente retorno, e com as 'Embaixadoras da Marca' que vai além de uma linda foto de campanha. A 'embaixadora' atual é a atriz Fernanda Paes Leme", concluiu a executiva.
Veículo: DCI