O mercado nacional de algodão em pluma opera com maior firmeza em seus referenciais de preço ao final da primeira quinzena de novembro, mesmo que a liquidez ainda seja baixa. No CIF de São Paulo, as indicações de preço estavam em R$ 2,07 por libra-peso no dia 12, apontando alta de 0,5% em relação ao fechamento da semana anterior (dia 8). Já em comparação ao mesmo período do mês anterior, a queda apontada era de 4,6%.
Segundo o analista de Safras & Mercado Guilherme Tresoldi, a pressão que vinha sendo aplicada sobre o mercado diminuiu drasticamente. "Isto porque a influencia negativa que os preços internacionais vinham aplicando sobre o mercado nacional reduziu", explica.
Por outro lado, a alta do dólar fez com que as tradings recalculassem os preços pedidos, para cima, o que fez com que essa pressão diminuísse ainda mais. O dólar fechou a terça-feira, cotado em R$ 2,33. Em comparação a mesmo período da semana anterior, quando estava indicado em R$ 2,26, a alta apontada é de 3,1%. Já em comparação a mesmo período do mês anterior, quando estava cotado em R$ 2,18, a alta apontada é de 6,9%.
Pela paridade de importação, a fibra norte-americana, cotada a US$ 0,77 por libra-peso na Bolsa de Nova York (dezembro/13 na ICE), com o câmbio de R$ 2,3300 por dólar e com da TEC de 10%, chegaria ao CIF de São Paulo a R$ 2,53 por libra-peso (com ICMS). O produto nacional é disponibilizado no mesmo mercado a R$ 2,32 por libra-peso, ou seja, teria espaço para subir até 9,0%.
Para os próximos dias, a previsão é de que o mercado apresente preços ainda mais firmes. "Com isso, um maior número de negócios deve ser fechado, tendo-se novamente um encontro entre preço ofertado e preço pedido. Isso deve garantir uma maior liquidez para o mercado nacional", frisa.
Veículo: Diário do Comércio - MG