Empresários querem aumentar comércio com países árabes

Leia em 2min 10s

O intercâmbio comercial, os investimentos e o turismo entre o Brasil e os países árabes foram discutidos ontem em um fórum econômico entre as partes. O objetivo é fomentar o contato entre os países, superar obstáculos do relacionamento bilateral, diversificar parcerias, explorar novas áreas de atuação e manter contatos para investimentos. No ano passado, o comércio entre o Brasil e os países árabes movimentou aproximadamente R$ 26 bilhões.

Somados, os 23 países do grupo representam a quarta maior parceria comercial do Brasil. O superávit da conta é brasileiro, com R$ 14,7 bilhões em exportações, sobretudo de carnes, minérios e açúcar. O Brasil compra derivados de petróleo.

O fluxo de produtos e de investimentos entre o Brasil e os países árabes cresceu em ritmo mais acelerado do que o comércio brasileiro com o exterior em geral. Em 2001, o fluxo comercial entre o Brasil e os países árabes ficou em torno de R$ 13,9 bilhões - quase 36% menos do que o montante atual.

Essa dinâmica, segundo o especialista em negociações internacionais da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabrizio Panzini, é uma evidência da diversificação das parcerias de ambos e do potencial dos mercados envolvidos. Para ele, uma das áreas em que há muito potencial é a de produtos alimentícios, na qual pode ser agregado valor em alimentos processados. Outra fronteira de expansão são os investimentos.

O especialista ressalta que a pauta comercial é reflexo da estrutura econômica dos países e diz que é mais difícil haver diversificação no curto prazo. "Os fundos soberanos desses países têm enorme volume de recursos e é interesse deles investir no Brasil. Hoje, a maioria dos investimentos é nos setores financeiro e imobiliário", acrescentou.

O gerente de exportação para o Oriente Médio do Grupo JBS Friboi, Rada Saleh, considera o norte da África área chave para as exportações de carne brasileira. Saleh informou que, de janeiro a setembro, as exportações da empresa já tinham superado em 23% todo o montante exportado no ano passado. Desse total, 9% foram para os países do norte da África.

No sentido contrário, o Brasil investe nesses países no ramo bancário, com a abertura de filiais dos maiores bancos brasileiros (Itaú e Banco do Brasil) e na construção civil. "Temos muito espaço ainda para explorar", disse o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Cordeiro.

Para o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Alaby, um dos principais entraves aos exportadores no Brasil é a concessão de visto aos empresários. Para ele, a facilitação dos trâmites desburocratizaria o comércio.



Veículo: DCI


Veja também

Novo eletroeletrônico chega ao varejo brasileiro

Começam amanhã as vendas, no Brasil dos novos iPads – o Air e segunda geração do mini ...

Veja mais
Seletti firma parceria com Diletto

Na área de alimentação, uma novidade envolve a rede de franquias Seletti. Com a estimativa de vende...

Veja mais
Vendas de computadores têm retração de 4% no 3°trimestre

Influenciado pela crescente expansão de tablets e smartphones, o mercado de computadores apresentou desempenho ru...

Veja mais
Andinos nas gôndolas

Só nos últimos três meses, empresários peruanos promoveram dezenas de ações no ...

Veja mais
Novo eletroeletrônico chega ao varejo brasileiro

Começam amanhã as vendas, no Brasil dos novos iPads – o Air e segunda geração do mini ...

Veja mais
Bataticultores reduzem área plantada

A baixa remuneração ao longo dos últimos dois anos compromete os investimentos A baixa remunera&cc...

Veja mais
Feijão | Mercado em novembro é marcado pela desvalorização

No mês de novembro, quase todas as variedades de feijão carioca apresentaram desvalorização, ...

Veja mais
Custo da cesta básica registra leve queda em novembro

O valor da cesta básica caiu 1,39% em novembro, com custo total de R$ 270,74, de acordo com a pesquisa do Departa...

Veja mais
Preços têm alta de 0,94% em novembro

Os preços médios praticados na Ceagesp subiram 0,94% em novembro. No ano, o índice acumula alta de ...

Veja mais