Pouco preocupado com quem é o responsável pelos preços galopantes de produtos essenciais como tomate e batata, o consumidor faz malabarismos na hora de ir às compras. Há quem teste novos ingredientes, há quem vá de loja em loja à procura do menor preço e até quem tenha uma pequena plantação no quintal de casa.
A primeira tática entre os compradores, no entanto, é manter maior controle na hora do rancho: em vez de comprar em grandes quantidades e correr o risco de deixar produtos apodrecendo, a solução é levar para casa somente o essencial, como faz a aposentada Maria Luiza Albarella:
– Não tenho condições, compro tomates de dois em dois. E só uso em salada. Para o resto, prefiro o molho de tomate, que rende até mais.
Há ainda quem opte pela substituição: aipim no lugar da batata, por exemplo. A funcionária pública Elenice Bitencourt não abdicou da salada, mas mudou sua composição:
– Agora, faço um mix. Uso mais alface, coloco queijo branco, farelos e gergelim. Quando o preço baixa, volto ao tomate. No caso da batata, costumo fazer purê de aipim e acrescento pedaços de bacon para incrementar.
Outras dicas de consumidores são batata-doce, abóbora e frutas. Para fugir totalmente do vaivém dos preços há quem desista de ir ao mercado. Elenice conta que, na casa de sua mãe, há plantações de tomate, alface e tempero verde. No caso do tomate, a engenheira de alimentos Marina Miranda alerta que é necessário um espaço considerável e bastante cuidado com o clima, mas plantas menores – como tempero verde – são relativamente simples de se cultivar em casa, mesmo para quem mora em apartamento.
Veículo: Zero Hora - RS