A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar sua passagem por São Paulo na quinta-feira, quando fará uma visita à Arena Corinthians, para ter encontros com diferentes representantes do varejo, em meio a um momento de otimismo para o setor.
Um dos encontros que a presidente terá no período da tarde é com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), formado pelas maiores empresas varejistas e atualmente presidido pelo empresário Flávio Rocha, da Riachuelo.
O gesto de deferência ao setor - um dos mais beneficiados com medidas do governo para incentivar o consumo da população, principalmente a classe média - ocorre após a ausência de Dilma ser destacada durante encontro promovido por empresários na última semana, do qual participaram seus potenciais rivais na sucessão presidencial Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Em abril, Dilma abriu as portas do Palácio da Alvorada, residência oficial, para receber em jantar alguns executivos do setor, em meio ao Fórum Nacional da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, ocorrido em Brasília. Na ocasião, Dilma recebeu informações sobre as vendas do varejo e externou aos empresários seu reconhecimento da importância do setor para a economia do país.
Em conversa com o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, na última semana, a presidente do Magazine Luiza e uma das fundadoras do IDV, Luiza Trajano, comentou os números gerais do varejo no primeiro trimestre, avaliados positivamente por ela.
Em período de silêncio, diante da proximidade da divulgação do balanço referente ao primeiro trimestre de 2014 do Magazine Luiza, a empresária não detalhou os números do setor. "O varejo cresceu muito nos últimos anos, essa é a década do varejo", disse. Luiza Trajano também afirmou o otimismo do setor para os próximos meses, sobretudo em função das vendas motivadas pela Copa do Mundo.
A expectativa por um aumento de vendas com o evento esportivo também justifica uma mobilização do setor por uma campanha a favor da Copa do Mundo, em meio a uma tensão no governo em razão do risco de protestos durante o mundial, decorrentes de críticas feitas por parte da população que questiona os gastos com a realização do evento. O próprio governo federal lançou uma campanha oficial para promover a Copa do Mundo.
Veículo: Valor Econômico