No caso do feijão, o Índice de Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IPR) recuou 11,9% em maio. O aumento significativo da produção na primeira safra do grão e o ingresso do feijão gerado em outros estados fez com que a oferta ficasse superior à demanda, provocando queda nos preços pagos aos produtores de Minas Gerais. Entre janeiro e maio, o IPR ficou 18,3% maior, porém, nos últimos 12 meses acumula queda de 57,03%.
"Mesmo com uma produção mineira menor na segunda safra, ainda resta no mercado um volume expressivo da primeira safra e de grão vindo de outros estados. Os preços caíram substancialmente, fazendo com que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciasse a compra do grão do produtor", avaliou a coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline de Freitas Veloso.
O início do período produtivo do algodão e a expectativa de uma safra maior também interferiram no IPR, que em maio ficou 5,88% menor, elevando a queda acumulada em 2014 para 8,02% e para 1,8% nos últimos 12 meses.
No caso do milho, o IPR encerrou maio com queda de 6,22%. Porém, no acumulada dos cinco primeiros meses de 2014 e nos últimos 12 meses, foi registrada alta de 5,92% e 15,13%, respectivamente.
A produção suína também apresentou retração no IPR, encerrando maio com recuo de 4,04% no preços recebidos pelos suinocultores.
Pequenas altas - No mês, o IPR da soja e do leite apresentaram pequenas altas de 0,70% e 0,59%, respectivamente. No caso da produção de bovinos, os preços recebidos pelos produtores encerraram o período praticamente em estabilidade, com variação negativa de apenas 0,08% em maio.
Veículo: Diário do Comércio - MG