Complexo soja aparece em primeiro lugar nos embarques, seguido pelo setor de carnes
A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa) divulgou ontem a balança comercial do agronegócio. As exportações brasileiras do setor, entre janeiro e setembro de 2014, atingiram o montante de US$ 75,91 bilhões, com participação de 43,7% no total das vendas externas do País no ano. Entre os principais produtos, os de origem animal participaram com 22,4%, o que representa um montante de US$ 17 bilhões exportados no período. Os de origem vegetal atingiram a cifra de US$ 58,92 bilhões, participação de 77,6%.
Nos primeiros nove meses do ano, o complexo soja foi o principal segmento exportador, com vendas de US$ 29,24 bilhões, crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O principal item exportado foi a soja em grãos, que atingiu a cifra de US$ 22,76 bilhões (+5,3%). As vendas do farelo de soja chegaram a US$ 5,59 bilhões, aumento de 12,1% se comparado ao mesmo período de 2013.
O setor de carnes foi o segundo que mais exportou entre janeiro e setembro, com vendas que alcançaram o valor de US$ 12,84 bilhões e crescimento de 3,6%. No setor, a carne de frango se destaca, com receita de US$ 5,88 bilhões. Em segundo lugar está a carne bovina, que vendeu US$ 5,27 bilhões, aumento de 9,9% com relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros nove meses desse ano, a carne suína também teve aumento, se comparado a 2013, com o montante de US$ 1,13 bilhão (+12,4%).
Em seguida, na pauta de exportações deste ano está o setor sucroalcooleiro, que atingiu o total de US$ 7,52 bilhões, seguido pelos produtos florestais, com a cifra de US$ 7,38 bilhões. Completando os cinco principais setores que mais exportaram, o setor cafeeiro participou com exportações que alcançaram US$ 4,68 bilhões, crescimento de 18,1% em relação ao período de janeiro a setembro de 2013.
Cotações do trigo seguem em queda no Rio Grande do Sul
As cotações do trigo seguem registrando quedas no Rio Grande do Sul, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Parte dos agentes, no entanto, começa ter expectativa de valorização do trigo de qualidade, fundamentados na possível diminuição da oferta desse tipo de grão por conta das fortes precipitações.
No geral, o mercado ainda segue com baixa liquidez, já que, agora, muitos produtores passaram a se retrair, enquanto parte dos compradores começa a mostrar maior interesse. Além das incertezas quanto aos impactos das chuvas das últimas semanas, agentes ainda aguardavam a realização do primeiro leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Já no estado de São Paulo, as cotações têm registrado altas, além de pequenas recuperações no Paraná no mercado de lotes (negociações entre empresas). Pesquisadores do Cepea comentam que o grão que foi colhido antes das chuvas no Paraná é de qualidade superior e vendedores daquela região já pedem valores maiores para esses lotes.
Veículo: Jornal do Comércio - RS