A demanda mundial por algodão melhorará na safra 2014/15 e atingirá 24,4 milhões de toneladas. Essa é a avaliação do Icac (comitê internacional sobre o produto), que agora prevê elevação de 4% no consumo mundial. Já a produção mundial permanecerá estável, em 26,2 milhões de toneladas. Essa estabilidade ocorre apesar do aumento de 3% na área semeada, que será de 33,7 milhões de hectares.
O consumo chinês cresce e fica próximo dos 8 milhões de toneladas. O mesmo ocorre na Índia, cuja demanda sobe para 5,3 milhões de toneladas na safra 2014/15. É o terceiro crescimento anual, mas em ritmo menor do que nos anos anteriores. Com a China abastecida, o comércio internacional recua para 7,85 milhões de toneladas, ante 8,75 milhões em 2013/14.
Um dos destaques são os estoques mundiais, que sobem para 21,4 milhões de toneladas na safra 2014/15. A produção brasileira de algodão em pluma para a próxima safra está estimada em até 1,68 milhão de toneladas, 3% menos do que na anterior.
A área a ser destinada pelo produtor brasileiro ao algodão vai de 962 mil a 1,05 milhão de hectares. Os dados são da Conab (Conselho Nacional de Abastecimento), que prevê redução de 14% a 7% da área. O atraso do plantio de soja em Mato Grosso, principal produtor de algodão, não causará reflexos significativos nessa cultura no Estado, na avaliação do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).
O algodão foi negociado a 60,75 centavos de dólar nesta terça-feira (2) em Nova York, uma queda de 21% ante os preços de há 12 meses. Cana O quilo do ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) subiu para R$ 0,4740 em novembro, 5,4% mais do que o de outubro. Com isso, o valor médio do ATR desta safra é de R$ 0,4629.
Veículo: Folha de S. Paulo