Venda de smartphones no Brasil bate recorde no 3º tri

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Mais de 15 milhões de unidades foram vendidas no período; expectativa é que novo recorde seja batido no 4º trimestre

 

 

Por Bruno Capelas

 

SÃO PAULO – A venda de smartphones no Brasil alcançou mais de 15 milhões de unidades entre julho e setembro de 2014. É o que mostra recente levantamento da consultoria IDC Brasil, em crescimento de 11% na comparação com o período entre abril e junho de 2014, e de 49% na comparação com o mesmo período do ano passado. É um recorde para o setor, que também vendeu 4,7 milhões de celulares comuns (os chamados feature phones).

 

“Novamente os resultados de vendas superaram nossas expectativas. Os smartphones não foram impactados pelos problemas que afetaram outros mercados e a tendência é que mais um recorde seja quebrado no próximo trimestre”, afirma Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil. Para Munin, alguns fatores contribuem para a popularização dos aparelhos – em especial, a oferta de aparelhos mais baratos. “No começo de 2011, o preço médio de um smartphone era de R$ 900. No segundo trimestre, caiu para R$ 700, e agora está em R$ 500″, disse.

 

A previsão é de que os bons ventos continuem a soprar para a indústria: “outubro de 2014 foi o mês com o maior número de vendas de smartphones da história. Foram mais de sete milhões de aparelhos vendidos e, a título de comparação, apenas dois milhões a menos do que foi vendido em todo o ano de 2011. É impressionante”, afirma Munin, atribuindo parte desse movimento à Black Friday.Para todo o ano de 2014, a IDC estima vendas de 55 milhões de celulares inteligentes.

 

Para o analista, o comportamento das redes varejistas também influi nas vendas de smartphones. “O consumidor tem familiaridade com as grandes lojas, sente segurança para realizar o negócio e ainda conta com crédito fácil”. Ainda sobre preços, Munin destaca que os aparelhos intermediários (de R$ 450 até R$ 900) ultrapassaram os de entrada (até R$ 400) e já representam metade do mercado brasileiro. Para Munin, o movimento é positivo e mostra que “o consumidor está entendendo melhor a questão do custo benefício e concluindo que o preço mais alto significa um aparelho também com mais qualidade e recursos”.

 

Sistema operacional

 

Dos aparelhos vendidos entre julho e setembro de 2014, 91% tinham o Android como sistema operacional. A novidade do período foi o Windows Phone, que ultrapassou o iOS depois de dois trimestres em segundo lugar, sinalizando que o ano deve encerrar com o Android em primeiro lugar em market share, com iOS e Windows Phone tecnicamente empatados.

 

A tendência das telas grande continua em alta. Em 2011, 93% do mercado era composto de aparelhos com tela abaixo de 4 polegadas e, em 2014, projeta-se que o mercado de smartphones termine o ano com mais de 63% de telas acima de 4 polegadas. Com relação aos phablets – dispositivos acima de 5 polegadas – a IDC acredita que até o final de 2016, 50% do mercado mundial seja composto por phablets. No Brasil, esse índice deverá ser atingido até 2018, sendo que, em 2013, os aparelhos com tela acima de 5 polegadas representavam cerca de 7% do mercado e neste ano já devem representar 15% do total de smartphones.

 

 

Veículo: O Estado de S. Paulo


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